Um homem apontado como um dos principais operadores em um esquema de fraudes bancárias executado em todo o país, que teria movimentado R$ 90 milhões, foi preso nesta quarta-feira (10), em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador.
A ação foi realizada pelo Ministério Público estadual (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco). As equipes também cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do investigado.
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O cumprimento de mais de 100 mandados de busca, apreensão e prisão preventiva faz parte da "Operação Mão Fantasma", deflagrada pelo MP de Santa Catarina, com ações em sete estados: Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba e Ceará. O objetivo é desarticular três organizações criminosas de âmbito nacional especializadas em fraudes bancárias, especialmente na prática dos golpes conhecidos como "mão fantasma/acesso remoto" e "falsa central de atendimento".
A investigação começou no final de 2022, após boletins de ocorrência relatarem a subtração de valores de contas bancárias. Os criminosos utilizavam aplicativos de gerenciamento remoto para controlar os celulares das vítimas e realizar transferências ilícitas de valores.
PF identifica fraudes na Caixa e outras instituições bancárias na BA
A Polícia Federal (PF) cumpriu outros dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, em maio deste ano. A Operação Fake Front investiga fraudes cometidas contra a Caixa Econômica Federal, Previdência Social e outras instituições bancárias. O prejuízo das fraudes ultrapassa R$ 1 milhão para as instituições bancárias envolvidas.
A investigação identificou que foram abertas 19 contas bancárias em agências da Caixa Econômica Federal de Feira de Santana e Brasília com a utilização de documentos falsos, visando obter recursos via empréstimos fraudulentos.
A investigação aponta ainda que os criminosos faziam diversos empréstimos através das contas bancárias fraudadas. Com o recurso do golpe, os fraudadores compravam produtos no comércio de Feira de Santana. Grande parte era gasta em agências de turismo e casas de material de construção.
Milena Brandão
Milena Brandão
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