Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que o dono de um lava-jato foi morto a tiros na última segunda-feira (22), em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador. A vítima, José Luiz Borges Santos, de 41 anos, estava lavando um carro quando o atirador chega e dispara os tiros. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Feira de Santana (DH).
O crime aconteceu na tarde da última segunda-feira. No registro, José Luiz aparece lavando um carro quando um homem de capacete chega atirando. Ele ainda tenta escapar, mas é alcançado e atingido com mais de 15 tiros. O suspeito de matar José Luiz Borges é o policial militar Roberto Costa Miranda, lotado na 33ª Companhia Independente de Polícia Militar (Costa do Dendê).
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De acordo com a família da vítima, o crime foi motivado por uma discussão entre o comerciante e o suspeito. Na segunda-feira, José Luiz soube que o suspeito, que era cliente antigo do lava-jato, havia se relacionado com a filha dele em março. A garota, que na época tinha 17 anos, ficou uma única vez com o suspeito, que tem 30. Isso levou ao desentendimento entre os dois. Ainda neste mesmo dia, vítima e suspeito trocaram áudios discutindo por este motivo.
Em entrevista à TV Subaé, afiliada da Rede Bahia em Feira de Santana, a esposa de José Luiz, que presenciou a cena, contou que pediu para não matar o marido. "Quando ele entrou logo, ele apontou a arma pra mim. Eu levantei as mãos e gritei. Eu falei: vamos conversar, não mata meu marido. Eu pedi, implorei."
No dia seguinte ao crime, o suspeito se apresentou na delegacia. Em depoimento, ele negou ser autor do crime e disse que não estava na cidade na segunda-feira. Alegou também que não estava com sua arma, que havia desaparecido há cinco dias. Como não houve flagrante e não havia mandado de prisão contra ele, ele foi ouvido e liberado. A Polícia Civil segue com as investigações.
O advogado que está fazendo a defesa do policial militar, suspeito do crime, informou que não vai se pronunciar sobre o caso.
Por nota, a Polícia Militar (PM) reforçou que, mesmo com as investigações iniciadas por outros órgãos, apura todas as denúncias referentes a fatos de que integrantes da corporação sejam acusados, com as eventuais responsabilizações nas esferas administrativa e penal.
Confira a nota da Polícia Militar na íntegra:
"As circunstâncias do crime, bem como a autoria e a motivação, estão sendo investigadas pela Polícia Civil.
A Polícia Militar, sempre que cientificada, apura as denúncias referentes a fatos de que integrantes da corporação sejam acusados. As apurações conduzidas pela instituição não excluem as investigações que sejam feitas ou que tenham sido iniciadas por outros órgãos, com as eventuais responsabilizações nas esferas administrativa e penal.
A PMBA reafirma seu compromisso com a transparência e a ética, garantindo que não serão toleradas ações que comprometam a confiança e o respeito da população."
Milena Brandão
Milena Brandão
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