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Médico é indiciado pela polícia por importunação sexual na Bahia

Inquérito foi encaminhado para o Poder Judiciário e Ministério Público. Pacientes denunciaram o médico Antônio Mangabeira por importunação sexual

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Nanci Souza

02/09/2024 às 15:26 • Atualizada em 02/09/2024 às 18:14 - há XX semanas
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A Polícia Civil concluiu o inquérito policial sobre as denúncias de estupro e importunação sexual feitas contra o médico Antônio Mangabeira na cidade de Itabuna, no sul da Bahia. A confirmação veio através do delegado Jansen Baeta, responsável pela investigação nesta segunda-feira (2).


				
					Médico é indiciado pela polícia por importunação sexual na Bahia
Documento foi encaminhado para o Poder Judiciário e Ministério Público. 29 pacientes denunciaram o médico Antônio Mangabeira por importunação sexual. Foto Divulgação

Segundo a PC, o homem é suspeito de abusar sexualmente de 29 pacientes. Por isso, a acusação de estupro teve a capitulação corrigida. Os crimes teriam acontecido durante os atendimentos realizados pelo médico na clínica particular OncoSul, no bairro Pontalzinho.

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O médico foi interrogado e nega as acusações

O médico foi interrogado no mês de agosto. Na ocasião, o depoimento durou cerca de duas horas e meia. Ao sair da delegacia, o médico não falou com a imprensa. Ele nega os crimes e responde pelos processos em liberdade.


				
					Médico é indiciado pela polícia por importunação sexual na Bahia
Documento foi encaminhado para o Poder Judiciário e Ministério Público. 29 pacientes denunciaram o médico Antônio Mangabeira por importunação sexual. ​Foto: TV Santa Cruz/ Reprodução

O advogado Leandro Rochedo, que representa o suspeito, disse que o procedimento seria longo, e que Mangabeira seria ouvido por cada processo de forma isolada.

Médico acusado de abuso e importunação sexual na Bahia: relembre o caso

O caso envolvendo Mangabeira se tornou público após a denúncia de uma agente de saúde na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Itabuna no dia 9 de julho.


				
					Médico é indiciado pela polícia por importunação sexual na Bahia
Documento foi encaminhado para o Poder Judiciário e Ministério Público. 29 pacientes denunciaram o médico Antônio Mangabeira por importunação sexual. ​Foto: Redes Sociais

O profissional já tinha outras três denúncias registradas por importunação sexual em 2023. Todas indicando que os atos teriam acontecido durante os atendimentos. Com a repercussão do caso, outras mulheres compareceram à Deam para prestar queixa contra o médico.

A apuração policial indica que foram identificadas 29 vítimas e 28 inquéritos foram gerados. Isso porque o caso de duas vítimas se tornou um único inquérito por se tratarem de mãe e filha. Além disso, o episódio teria acontecido no mesmo dia e local.

A polícia não divulgou detalhes sobre a investigação, que corre em segredo de Justiça.

No dia 5 de agosto foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Oconsul, clínica onde o médico Antônio Mangabeira prestava atendimento e onde teriam ocorrido os crimes. De acordo com a TV Santa Cruz, pelo menos duas denúncias registradas se referem a abusos cometidos em uma unidade de saúde pública da cidade.

Nota de posicionamento da ONCOSUL

"Com mais de 35 anos de atuação, a Oncosul conta com um vasto corpo clínico e uma equipe de funcionários comprometidos com o bem estar e a dignidade humana. Repudiamos veementemente qualquer forma de assédio e reafirmamos nosso compromisso com a ética e a transparência. Estamos colaborando integralmente com as autoridades competentes para a investigação dos fatos, que devem ser apurados pelas instâncias legais, sempre com respeito ao contraditório e ampla defesa. Aos nossos pacientes, podemos assegurar que as medidas apropriadas serão tomadas, para preservar a integridade e a confiança de todos os que buscam os nossos serviços".

Confira nota de posicionamento do advogado do suspeito:

"A liberdade de expressão é balizada pelo binômio liberdade e responsabilidade e deve observar o princípio constitucional da presunção de inocência. Embora Dr. Mangabeira esteja ávido para esmiuçar cada prova e apresentar sua defesa pessoal, os trâmites legais e sigilo das investigações impedem que ele venha a público se defender nesse momento, tendo a autoridade policial já anunciado que irá ouvi-lo por último. Assim, resta somente opção de acessar o judiciário para ter o mesmo direito de qualquer outro cidadão de não ser tratado publicamente como culpado antes de ao menos ter sido ouvido, muito menos processado e condenado. Ademais, são 68 anos de vida e 42 anos de profissão sem uma mácula".

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