O corpo da miss baiana Raissa Suellen, assassinada por um amigo no Paraná, foi sepultado nesta sexta-feira (13) na cidade de Paulo Afonso, no norte da Bahia. O enterro aconteceu justamente no dia em que a jovem completaria 24 anos e foi marcado por forte comoção entre familiares e amigos.

Raissa Suellen foi morta no dia 2 de junho, em Curitiba, onde morava há cerca de três anos. A jovem baiana se mudou para o Sul do país após receber um convite do humorista Marcelo Alves, de 40 anos, que confessou ter cometido o crime. Marcelo era amigo da família e conhecia Raissa desde que ela tinha 10 anos.
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O corpo da miss chegou a Paulo Afonso na tarde de quinta-feira (12) e foi recebido com um cortejo entre a rodoviária e o ginásio esportivo da cidade, onde ocorreu o velório.
O caixão foi coberto com a bandeira do município, sua cidade natal, e uma foto de Raissa foi colocada no carro funerário, que também reproduziu uma música em sua homenagem. Na chegada ao ginásio, uma multidão aguardava com gritos de “justiça”, em meio a um clima de forte comoção.
"Ela sempre fazia a gente rir. O dia do aniversário dela era para ser uma data de comemoração e a gente está aqui tendo que enterrar o corpinho dela", disse a prima da vítima, Aléxia Vanessa Soares, ao g1, durante o velório na quinta-feira.
Durante o enterro nesta sexta-feira (13), amigos e familiares vestiam camisas com a foto de Raissa Suellen em homenagem à jovem. Eles levaram flores e soltaram balões brancos, simbolizando o desejo de paz e justiça, em um momento marcado por emoção e despedida.
Relembre caso

Raissa Suellen desapareceu no dia 2 de junho, em Curitiba. Na data, ela se preparava para viajar a Sorocaba, em São Paulo, onde pretendia buscar uma nova oportunidade de trabalho.
O caso tomou um novo rumo no dia 9 de junho, quando o humorista Marcelo Alves, conhecido artisticamente como Alvez Li Pernambucano, procurou a delegacia e confessou ter matado a jovem. Antes da confissão, ele chegou a participar das buscas por Raissa e até ofereceu abrigo à família dela em Curitiba.
Em depoimento, Marcelo afirmou que, no dia do desaparecimento, almoçou com Raissa e a levou para sua casa. Lá, declarou-se para ela, mas não foi correspondido. Segundo seu relato, após ser rejeitado, perdeu o controle, matou a jovem com uma abraçadeira plástica e escondeu o corpo em uma área de mata.
Após a confissão, o corpo de Raissa foi localizado e submetido a necropsia. A delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, afirmou que a versão apresentada por Marcelo não condiz com os indícios colhidos durante a investigação, e há suspeitas de que o crime tenha sido premeditado.
Um laudo preliminar da polícia não confirma a causa da morte por estrangulamento com abraçadeira, como alegado pelo suspeito. Além disso, o corpo da vítima não apresentava sinais de defesa, o que levanta a hipótese de que Raissa possa ter sido dopada antes de ser morta.
O caso é investigado como feminicídio pela Polícia Civil do Paraná. As autoridades também apuram a possível participação do filho de Marcelo, Dhony de Assis, de 26 anos. Ele admitiu ter dirigido o carro que transportou o corpo até o local do enterro, mas nega envolvimento direto na morte da jovem.




Redação iBahia
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