Pescadores da cidade de Malhada, no sudoeste da Bahia, capturaram mais um peixe de grandes proporções nesta segunda-feira (26). Após terem fisgado, em abril, um exemplar de 80 kg e 2,2 metros, os trabalhadores agora conseguiram pegar um peixe com cerca de 92 kg e 2,15 metros, segundo a estimativa feita pelos próprios pescadores.

Trata-se de um pirarucu, espécie típica da região Norte do Brasil, que levou três dias para ser capturado.
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Segundo o pescador Juarez Antunes da Silva, 54 anos, responsável pela pesca com o apoio de outros quatro colegas, esta foi a primeira vez que conseguiu capturar um peixe de tais proporções. "A emoção foi grande demais", resumiu em entrevista ao g1.
O profissional atua há mais de duas décadas como pescador. "Inclusive, [já] tinha uns três dias que a gente vinha tentando pegar ele. Colocamos as redes, [elas eram] bem mais fracas, e ele quebrava. Aí hoje nós levamos uma rede bem 'grossona' e, mesmo assim, ele quebrou ela uma vez, mas nós conseguimos capturá-lo".

O pirarucu foi encontrado na Lagoa do Mucambo e capturado por volta das 16h. Moradores da cidade registraram o momento em vídeos, impressionados com o tamanho do animal. Após a façanha, o grupo de pescadores planeja vender o peixe.
Espécie nativa da região amazônica, o pirarucu é um dos maiores peixes de água doce do mundo. Ele pode atingir até 3 metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos.
Outro grupo pesca peixe gigante de 80 kg e dois metros de comprimento em Malhada
Em abril, um grupo de sete pescadores da cidade capturou um pirarucu de 80 kg e 2,2 metros de comprimento no rio São Francisco. Segundo os próprios pescadores, o animal também pertencia à mesma espécie.
"Foi complicado tirá-lo da água, ele quase virou o barco. Precisou de bastante gente para puxar a rede", contou ao g1 Celso Batista, integrante do grupo que participou da pescaria.
Para capturar o pirarucu, os pescadores precisaram de horas de paciência e um plano cuidadosamente elaborado. A estratégia incluiu posicionar a rede de forma que o peixe não conseguisse rompê-la, atraí-lo com sons na água e, por fim, puxá-lo para fora.

A ideia da pescaria surgiu após moradores da zona rural de Malhada, no sudoeste da Bahia, relatarem a presença de um peixe de grandes proporções na região. Segundo eles, o animal aparecia frequentemente em uma área pantanosa às margens do rio São Francisco, conhecida como Quilombo do Pau D’Arco. Para alguns ribeirinhos, o peixe era considerado um "encanto", envolto em mistério.
Apesar dos relatos, as informações sobre o animal eram escassas. Ninguém sabia exatamente qual era a espécie nem o seu tamanho. Ainda assim, um grupo de sete pescadores decidiu aceitar o desafio. No dia 16 de abril, eles seguiram até o local para executar o plano.
A rede foi armada por volta das 14h, e o peixe só foi capturado cerca de duas horas depois, por volta das 16h. Para retirá-lo da água, foi necessário o esforço conjunto dos sete homens. O animal pesava cerca de 80 kg e media 2,2 metros de comprimento.
Após a captura, o pirarucu foi dividido em sete partes — aproximadamente 10 kg para cada pescador — e vendido. Um dos envolvidos, Celso, contou que preparou um pedaço do peixe para a família e destacou o sabor da carne.

Ainda não se sabe como um animal típico da Bacia Amazônica foi parar no interior baiano. O pirarucu é uma das maiores espécies de peixe de água doce do mundo e é nativo da região Norte do Brasil. Ele também pode ser encontrado nas bacias dos rios Araguaia, Tocantins e Orinoco.

Redação iBahia
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