O corpo de Helmarta Sousa Santos Luz, de 38 anos, foi sepultado neste sábado (28), em Mutuípe, no Vale do Jiquiriçá, sob forte comoção. Amigos e familiares saíram de Valença, cidade onde ela morava, e seguiram, em caravana, para Mutuípe. O cortejo, feito por 800 metros, até o cemitério, foi marcado por homenagens, aplausos e pedidos pelo fim da violência contra mulher.
O corpo de Helmarta foi encontrado na última sexta-feira (27) no rio Jaguaripe, em um trecho da Ponte do Funil, em Itaparica. Ela estava desaparecida desde o dia 24 de setembro. O ex-companheiro dela, o taxista Carlos Mendes Júnior, confessou ter matado a mulher.
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Helmarta era conhecida pela alegria entre os amigos. "Ela era uma menina muito alegre, contagiante, não tinha tempo ruim para ela, a gente ainda está sem acreditar porque ela não merece isso", lamentou amiga Nilma Santos Luz em entrevista à equipe de reportagem da TV Subaé, afilidade da Rede Bahia.
A irmã de Helmarta, Helmara Luz, contou que o ex-cunhado era obcecado pela vítima. "A gente percebia nas coisas que ele dizia. Possessivo demais, era muito forte. Quando ela entendeu isso e quis se livrar, ele não permitiu."
Relembre o caso
Helmarta estava desaparecida desde a última terça-feira (24). O corpo da baiana foi encontrado nesta sexta-feira (27) no rio Jaguaripe, em um trecho da Ponte do Funil, em Itaparica. O ex-companheiro dela, o taxista Carlos Mendes Júnior, indicou o local onde jogou o corpo, após ter confessado o crime.
Ele contou à polícia que estrangulou Helmarta com uma corda, no mesmo dia do desaparecimento, colocou o corpo em uma mala e depois seguiu de Valença até a ponte do Funil, onde jogou o corpo da ex-mulher de uma altura de 20 metros. Para que o corpo não boiasse, Carlos usou pesos de academia. A polícia acredita que ele teve a ajuda de alguém.
As buscas foram encerradas na sexta-feira (27), quando equipes de salvamento encontraram o corpo, armazenado dentro de uma mala, a aproximadamente 25 metros de profundidade, no final da tarde.
Carlos e Helmarta foram casados por 16 anos e tinham uma filha de 15. O casal estava separado há oito meses, mas Carlos não aceitava o fim da relação e tentava reatar com a vítima. A família alega que Carlos era ciumento e o relacionamento era abusivo. Há cerca de uma semana, Helmarta havia assumido um novo namoro, o que teria irritado o suspeito.
Milena Brandão
Milena Brandão
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