Em Vitória da Conquista, cidade do sudoeste, o preço do tomate registrou uma queda significativa nesta semana. No início de 2024, o quilo chegou a ser vendido por R$ 8,99 nos mercados locais, no entanto, o preço caiu para R$ 2,99 - o que equivale a mais de 60% do valor - tornando-se uma oportunidade para os consumidores aproveitarem o produto a um custo mais baixo.
Nas feiras livres do município, esse preço é ainda menor quando o consumidor opta por comprar mais de um quilo. "Essa semana eu já cheguei a vender 3 quilos de tomate por R$ 5", afirma o feirante Zildo Santos Moraes, 41 anos.
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O iBahia fez uma pesquisa de preços na última terça-feira (30) e traz abaixo quanto está o quilo do tomate em quatro pontos da cidade baiana.
Confira o menor preço registrado por quilo em Vitória da Conquista
- Feira do Ceasa: R$ 2,50 (em algumas barracas, é possível encontrar valores menores em promoções para mais de 1 quilo);
- Supermercado G Barbosa: R$ 2,99;
- Pontinho das frutas: R$ 4,00;
- Mercado Horti-Fruti: R$ 3,60.
Queda no preço do tomate gera prejuízo para feirantes
A barraca de Zildo Santos faz parte dos pavilhões da feira do Ceasa, que é o local em Vitória da Conquista onde o quilo do tomate registrou o menor preço nesta semana. Feirante há 30 anos, ele afirma que o tomate é um produto volátil e que a queda no preço ocorreu pelo aumento na oferta por parte dos produtores.
"Ano passado o tomate chegou a ser vendido a R$ 10 o quilo, o que gerou lucro para muita gente e consequentemente muitas pessoas decidiram produzir. Acontece que esse ano a quantidade de pessoas produzindo e vendendo o tomate acabou se tornando muito maior do que a procura, e aí resta pra gente vender a um preço barato para a fruta não perder", afirmou.
Segundo o engenheiro agrônomo Linaldo Alves, 45, a lei da oferta e procura é o que justifica a queda dos preços nesta época do ano. "Como no início do ano o preço do tomate estava mais alto, muitas pessoas começaram a produzir. O clima mais frio e com menos chuva também ajudou a incentivar essa produção, gerando uma grande demanda nas feiras livres e mercados da cidade", complementou.
Enquanto o momento é de economia para quem compra, os vendedores de tomate precisam lidar com o desafio de manter suas operações em meio à queda dos preços.
Santiago Neto
Santiago Neto
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