Acabou o mistério. O dono do maior, menor, e mais bonito testículo de Salvador já tem donos, após a realização do concurso "Meu Ovo é Um Show" no último sábado (15). Com lotação recorde no Clube 11, localizado no Dique do Tororó, cerca de 150 pessoas acompanharam de perto a disputa que ocorreu entre oito candidatos inscritos.
Com apresentação de Bagageryer Spielberg, os competidores entraram no palco ao som da música do "carro do ovo". Entre gritos, sussurros e ovações, a comissão julgadora, formada por um professor, empresário, cabelereiro/maquiador, diplomata e diretor de teatro, escolheu primeiro o menor testículo. Era possível examinar de perto a exuberância, com direito a pegar na mão para sentir o peso ou apalpar para sentir a textura.
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O vencedor da categoria, por unanimidade, foi o candidato Amauri*. Ele levou para casa a premiação em dinheiro e um ovo da Páscoa tamanho P.
Em seguida, foi a vez de escolher o testículo mais bonito. Por 4 votos a 1, o candidato *Gabriel levou a melhor e foi o eleito na categoria. Além da premiação em dinheiro, dado pela casa, e um Ovo da Páscoa tamanho médio, o jovem também recebeu mais R$150 de um cliente que estava no local.
Por fim, a última categoria da noite: o maior testículo. Por unanimidade, *Marcelão, ou "Jegue-man" como ficou conhecido, foi o eleito pelos jurados e ovacionado pela plateia após ser escolhido como o "maior ovo de terras baianas".
"Meu Ovo É um Show"
Esta foi a 5ª edição do concurso. Idealizado pela drag queen Bagageryer Spilberg, conhecida na cena local, a competição voltada para o público gay.. Segundo Valmick, proprietário do Clube 11, a artista, que performa há anos na casa e também é idealizadora do concurso 'Miss Gay Salvador', vendeu a proposta para ele na esperança de conseguir emplacar o show .
"Há cerca de 10 anos ela teve essa ideia, passou para mim e eu comprei essa ideia de fazer a premiação. Qual é o maior ovo, o menor ovo, e depois, com o tempo, acrescentamos a categoria 'ovo mais bonito', se é que ovo tem beleza".
Em entrevista ao iBahia, Valmick explicou que no concurso os homens não têm a identidade revelada publicamente e as fotos compartilhadas nas redes sociais são feitas do umbigo para baixo.
O júri é formado por pessoas da comunidade gay, mulheres não podem participar, apesar do interesse.
"A gente brinca que os jurados podem ver, podem pegar para sentir o peso, mas não podem apertar para não machucar. A gente compra umas cuequinhas dessas box de camelô mesmo, porque elas vão ser estragadas, faz o pequeno furo na região escrotal, os candidatos colocam os testículos para fora e acontece a premiação. A comissão julgadora escolhe o maior, o menor e o que eles consideraram mais bonito, mais 'arrumadinho'".
Valmick também explicou o motivo da criação do concurso que chamou atenção na web pela peculiaridade.
"O ser humano é complexo, tem taras e fetiches. Assim como tem pessoas que têm fetiches pelos pés, existem homens que tem fetiches pelos testículos. Essa história do ovo é uma coisa que, no meio gay, muito se associa o tamanho de testículo à masculinidade, de testosterona. E isso é um fetiche para uma parcela da população gay, não é a maioria. Conheço vários gays que torcem a boca para esse tipo de evento, mas ele desperta curiosidade nas pessoas, até levando para esse lado da brincadeira, do humor", disse aos risos.
Redação iBahia
Redação iBahia
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