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Família barra biografia de Leminski

Justificativa da família de Leminski é que no livro há um trecho que se refere ao suicídio do irmão do poeta

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13/10/2013 às 16:09 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:24 - há XX semanas
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O poeta Paulo Leminski foi amigo pessoal do biógrafo Toninho Vaz
Esgotada nas livrarias, a biografia do poeta curitibano Paulo Leminski (1944-1989), de autoria do escritor Toninho Vaz, não poderá ser publicada novamente. Isso porque a poeta e viúva de Leminski, Alice Ruiz, e suas filhas, Estrela e Aurea, querem impedir a publicação da quarta edição do livro Paulo Leminski - O Bandido que Sabia Latim (Record, 378 págs.), publicado pela primeira vez em 2001, na época autorizado por Alice. A viúva alega não ter tido participação nos direitos autorais da obra. A justificativa da família de Leminski é que no livro há um trecho que se refere ao suicídio do irmão do poeta, Pedro Leminski, morto em 1983. As três familiares do poeta enviaram à editora correspondência informando que não autorizavama reedição por causa do enfoque “depreciativo à imagem do retratado e seus familiares”. Vaz planeja entrar com uma interpelação judicial no Tribunal de Justiça do Rio, pedindo esclarecimentos, além de entrar também com uma ação por danos morais e materiais. Veja também: Terceira edição da Flica terá 24 autores, agenda infantil e musical No Facebook, as filhas de Leminski se manifestaram. Estrela questionou: “Que relevância tem para a obra? Ou seria para dar um molho e vender mais?”. Sua irmã, Aurea, completou: “Vejo que estão crucificando o Caetano e esquecendo que o mesmo argumento deveria valer para os dois lados. Deveríamos defender o bom senso tanto do biógrafo, para inserir fatos, quanto das famílias, para garantir que o público tenha acesso a tudo o que for relevante da obra em questão”. O conflito entre as herdeiras e o biógrafo, que era amigo do poeta, é mais um capítulo no debate sobre a publicação de biografias, que esquentou como apoio de artistas como Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Djavan e Erasmo Carlos à exigência de autorização prévia do biografado ou de sua família para a publicação da obra. Os sete são criadores do grupo Procure Saber, que, segundo a produtora e porta-voz do grupo Paula Lavigne , deve entrar na disputa para manter a exigência de autorização prévia para a comercialização dos livros.

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