Editoras brasileiras de livros infantis e juvenis apostam na Feira Internacional de Bolonha, na Itália, que começa no próximo dia 24, para expandir seus negócios. O evento, aberto apenas para o público profissional do mercado editorial, dura quatro dias e homenageará o Brasil. A expectativa da Câmara Brasileira do Livro (CBL) é que sejam vendidos US$ 330 mil em livros e direitos autorais. Em 2013, foram negociados na feira, pelo mercado brasileiro, US$ 273 mil. Em todo o país, o volume de exportações do setor aumentou 143% em três anos. Números da CBL, que consideram 66 editoras integrantes do projeto Brazilian Publishers, da câmara, junto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), mostram que as vendas saltaram de US$ 495 mil, em 2010, para US$ 1,2 milhão, em 2012. Tradicionalmente, as nações que mais importam a literatura brasileira são Portugal, o México e a Argentina. Desde o início do projeto Brazilian Publishers, em 2008, os principais destinos dos livros brasileiros foram a Alemanha, Argentina, Angola, o México, a Colômbia, Portugal, o Japão, Peru e os Estados Unidos. Os países mais interessados no direito autoral brasileiro foram a Coreia do Sul, Itália, Argentina, o Reino Unido, os Estados Unidos, o México, Portugal, a Espanha e Colômbia. Para concorrer no mercado editorial mundial, os escritores precisam respeitar vários fatores, destaca Karine Pansa, presidenta da CBL. "O livro tem que ser internacional a ponto de não ter preconceitos locais ou regionalismos. Se quiser vender um livro, por exemplo, na Índia, tem que pensar que lá a vaca é sagrada. Você não pode colocá-la no meio de uma história, em uma festa de churrasco", disse. Karine explica que as editoras brasileiras estão presentes, anualmente, em feiras literárias como a de Frankfurt e a de Guadalajara. "Dependendo de como está o mercado, a gente vai se adaptando. No momento, o projeto está focado em vender nessas feiras". O principal objetivo, acrescentou, é promover a profissionalização do setor. "Cada vez mais, você começa a ver produto nacional no mesmo patamar de qualidade [internacional]. Então, a gente aprendeu a negociar, aprendeu a vender. Um processo que se desenvolveu muito rapidamente", disse ela. Esta será a sexta participação dos membros do Brazilian Publishers, com 39 editoras dividindo um estande, além das editoras que cresceram e conseguiram montar estande próprio. Em 2013, estavam presentes 17 editoras e, em 2009, quando o projeto começou, foram seis editoras. O investimento para 2014 foi estimado em R$ 340 mil.
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