Último dia de Flica é marcado por declarações polêmicas em mesa

Na primeira mesa deste domingo (21) o clima esquentou no Claustro do Convento do Carmo. Com o tema 'Polemizar para Instigar', os jornalistas Fernando Conceição e Jerônimo Teixeira falaram sobre política, censura, jornalismo, cotas raciais, entre outros assuntos. Acompanhe a cobertura especial do iBahia na FLICA pelo canal de Literatura Sem papas na língua, o professor, jornalista e escritor Fernando Conceição foi a atração da Flica mais aplaudida até este momento. Cheio de declarações polêmicas, ele soltou farpas para o atual Secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim,e falou sobre o PT, as questões raciais e alguns veículos de comunicação nacionais. A polêmica foi o gancho para o início da mesa."Até a editora está em polêmica comigo! Rosel (editor do livro e mediador da mesa), quando é que a editora vai prestar contas?!", perguntou sob risos da plateia.No discurso do baiano também sobrou para a os estudantes de comunicação e para a produção da Flica. "Eles pensam que jornalismo é asssitir um filme de arte, fazer documentário sobre Almodóvar. Os jornalistas pensam que fazer jornalismo é fazer Flica!", ironizou.

"A gente precisa mais de liberdade de expressão, poder falar palavras duras, e também ouvir merda"

Em meio à conversa sobre censura, os escritores concordaram que existe pouca liberdade de expressão no Brasil e a novela Avenida Brasil, que já apareceu em outras mesas, voltou à discussão. "As pessoas ficaram horrorizadas com o fato do Tufão ter dado duas bolachas na cara da Carminha. Pelo amor de Deus,o cara foi traído por dez anos! Aí me aparecem com a Lei Maria da Penha", disse o gaúcho Jerônimo Teixeira. "O politicamente correto é muito próximo da auto-ajuda", completou.

Jornalista Fernando Conceição (à esq.) foi a atração da Flica mais aplaudida até este momento

Já no momento das considerações finais, Fernando comentou sobre como é fazer polêmica. "Na Bahia não é de bom tom polemizar, não é de bom tom divergir", criticou. "A censura acabou no Brasil, isso é verdade. Mas existem censuras circulando no país. A gente precisa mais de liberdade de expressão, poder falar palavras duras, e também ouvir merda do Russomano e do Malafaia", fechou Jerônimo.