Uma investigação sobre o vazamento de dados dos usuários do site 'Ashley Madison', portal para pessoas casadas que buscam um relacionamento extraconjugal, teve início nesta segunda-feira (24) pela polícia de Toronto, no Canadá.Segundo informações da polícia canadense, duas pessoas teriam se suicidado após as suas contas no 'Ashley Madison' serem expostas. Ainda não há confirmação se os suicídios tem relação ao vazamento dos dados, mas essa é a hipótese que a polícia atualmente trabalha.
A empresa 'Avid Life Media', dona do site de traição, tem colaborado para solucionar os crimes. A empresa anunciou uma recompensa de US$ 380 mil a quem oferecer informações que ajudem a polícia."Posso confirmar que a Avid Life Media está oferecendo uma recompensa de 500 mil dólares canadenses a qualquer um que forneça informações que levem à identificação, prisão ou acusação da pessoa ou das pessoas responsáveis pela vazamento do banco de dados do Ashley Madison", disse Bryce Evans, superintendente da polícia de Toronto.De acordo com Bryce Evans, a divulgação dessas informações gerou também a exposição e extorsão de clientes, além da disseminação de vírus em computadores. "Criminosos já começaram a colocar em ação esquemas online para prover informações desse banco de dados. E, ao clicar nesses links, você expõe seu computador a malwares, spywares, adwares e vírus", explicou Evans.A polícia de Toronto trabalha com a Polícia de Ontário e com o Departamento de Segurança Doméstica dos Estados Unidos. Para colher informações sobre o caso, a corporação lançou uma campanha no Twitter e abriu uma linha telefônica.Evans também mandou uma mensagem direta aos hackers responsáveis pelo vazamento. "'Team Impact', queremos deixar claro a vocês que as suas ações são ilegais e nós não vamos tolerá-los. Este é um alerta", disse.VazamentoCom o slogan "A vida é curta. Curta um caso", o site 'Ashley Madison' existe desde 2002 e está presente em cerca de 30 países, contando com mais de 20 milhões de usuários.Na semana passada, o grupo de hackers 'Impact Team' divulgou um pacote de 9,6 gigabytes de dados com arquivos que expõe os endereços de e-mail, senha, dados cadastrais e transações financeiras dos usuários.Na Bahia, são mais de 70 mil usuários cadastrados no site Ashely Madison, sendo 50 mil deles apenas em Salvador. Ainda não se sabe quantos clientes baianos tiveram os dados divulgados.O Brasil está no segundo lugar do ranking mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos, no qual o mercado da infidelidade movimenta mais de US$ 1 bilhão por ano, incluindo despesas com viagens, hotéis e restaurantes.Entretanto, a cidade de São Paulo é a que possui mais perfis cadastrados em todo o site, totalizando 375 mil inscritos, ficando na frente da cidade americana de Nova York (268 mil) e de Sydney, capital da Austrália (252 mil).O Ashley Madison é o 231º site mais acessado no Brasil. Em julho, o site ocupava a 177º posição do mesmo ranking de acordo com a Alexa, empresa que mede o tráfego de páginas visitadas na web.
Canadá investiga supostos suicídios de dois usuários do site de traição Ashley Madison (Foto: Reprodução) |
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