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Violência

Casal gay aponta preconceito após agressão e 'tortura' em Portugal

Brasileiros alegam ataque de seguranças de bar após confusão em Lisboa. Um deles diz que foi afogado em rio

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Redação iBahia

30/05/2023 às 11:31 - há XX semanas
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					Casal gay aponta preconceito após agressão e 'tortura' em Portugal
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Um casal de brasileiros gays alega ter sido agredido e torturado por seguranças de um restaurante, na cidade de Lisboa, capital de Portugal. As vítimas acreditam que tenham sido atacadas por preconceito. O crime aconteceu na última semana, mas ganhou repercussão na segunda-feira (29).

Em entrevista ao g1, o casal aponta seguranças do bar Titanica Sur Mer, onde estavam, como agressores. A confusão teria acontecido depois que um dos brasileiros tentou entrar no bar quando estava encerrando as atividades, para buscar o companheiro que havia ido ao banheiro do estabelecimento.

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O alagoano Jefferson Gomes Tenório disse que os funcionários teriam partido para cima do cearense Luís Almeida, barrando o acesso dele. Em seguida, o ataque começou.

"Estávamos todos lá, na hora da saída, voltei ao bar para usar o banheiro. O meu companheiro, que já estava do lado de fora, foi à minha procura, mas foi impedido de entrar. Ele começou a ser empurrado por três segurança e chegou a receber um soco no rosto. Uma prima estava lá e nós dois fomos agredidos ao tentar defender ele", relembrou Jefferson.

Ao tentar defender o companheiro, Jefferson então passou a ser alvo das agressões também, e conta que chegou a ser afogado no Rio Tejo. que fica em frente ao bar.

"Vi ele sendo agredido sem ter feito nada, então fui em sua defesa tentando apartar, mas fui agredido. Revoltado com as agressões, joguei uma pedra na frente do local, quebrando um vidro. Neste momento, o foco das agressões foram para mim. Começou então uma cena de horror, na qual eu fui afogado no rio Tejo, torturado e agredido. A todo momento eles gritavam que iam me matar. Só pararam quando a polícia chegou", relatou.

Luís contou também que houve omissão da polícia portuguesa. "Quando a polícia chegou ficamos aliviados, mas eles agiram com muita grosseria e rispidez. A gente teve que se identificar, mostrar que estávamos legal no país. Na delegacia, também fomos desencorajados", reclamou.

Após o ataque, os dois foram levados para um hospital, com muitos ferimentos. Jefferson precisou passar por cirurgia. "Fiquei com várias lesões e hematomas, tive o nariz fraturado", contou.

"Os seguranças do Titanic podem ter feito isso por homofobia ou xenofobia ou, quem sabe, por preconceito pela cor do meu namorado. Do mesmo jeito que existem pessoas boas, existem pessoas covardes. Eles tentaram me assassinar, não foi apenas um espancamento", disse Jefferson.

Ao portal, eles relataram a decepção e a sensação de insegurança. "Quando viemos para cá achávamos que íamos desfrutar de segurança e respeito. Tudo isso foi muito traumático, quem era para nos proteger não estava fazendo o serviço deles. Toda a situação nos deixou muito inseguros, nem em Lisboa nós estamos mais. Saímos de lá pois são visíveis as marcas de agressões que nós sofremos", disse Jefferson.

Em nota postada no Instagram, o bar lamentou a situação, disse que não compactua com o ocorrido, contou que está acompanhando o caso com as autoridades e que as imagens das câmeras de segurança serão usadas na apuração. Confira abaixo

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