Cada vez mais internacional, Anitta se viu em um momento de saudade da culinária brasileira no último domingo (3) e criou a oportunidade perfeita para que uma chef baiana pudesse mostrar seu trabalho em Paris.
A chef Mariele Góes, que mora na cidade há mais de cinco anos, possui o restaurante La Bahianaise, como referência da culinária baiana no local, e esteve com Anitta em uma vitrine de quase 63 milhões de seguidores.
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A baiana foi a responsável por levar um banquete verde e amarelo para a cantora que está em turnê pela Europa. Em entrevista ao iBahia, ela falou sobre a repercussão e sua experiência na França com o empreendimento.
"Ela postou no Instagram no meio do serviço, era horário de almoço aqui. Eu sempre fico de olho no celular e vi mensagens dos clientes chegando. Aproveitei que estava rolando esse movimento natural (de indicação)", explicou.
Graças ao burburinho da web foi possível unir a estrela pop ao tempero baiano de Marielle. "Meu restaurante já possui certa popularidade com a comunidade de brasileira, temos uma base de clientes muito legal e eu senti que foi algo sincero vindo das pessoas", completou.
Repercussão da poderosa
Após aparecer no Instagram da cantora de "Envolver", rapidamente o restaurante ganhou seguidores e consequentemente mais pessoas querendo conhecer a culinária baiana em Paris.
"Eu tô processando a informação. Ainda não consegui olhar tudo e responder, mas já percebi que vou ter muito mais trabalho agora com muita gente nova chegando. As pessoas perguntam onde é, qual o endereço e isso vai proporcionar que muita gente nova chegue ao restaurante", disse.
Trajetória
Para quem pensa que a gastronomia sempre esteve em foco na carreira de Mariele, se engana. A baiana, que possui o restaurante há quase quatro anos, se dedicava ao jornalismo antes de comandar cozinhas.
"Eu fiz Facom (Faculdade de Comunicação da UFBA), em Salvador. Passei no trainee da Editora Abril e fui para São Paulo. Quando acabei, fiquei trabalhando em várias coisas e entre elas em um site de revistas femininas onde acabei escrevendo muito sobre gastronomia", contou.
A chama da paixão pela culinária começou a partir da escrita e acabou tomando conta de Mariele.
"Resolvi fazer gastronomia porque eu queria escrever sobre gastronomia, mas o prazer que sinto trabalhando com cozinha é totalmente diferente. E esse trabalho é muito importante até para mostrar pra clientela que não é brasileira o que é essa comida", explicou.
Gostinho de casa
Entre moquecas e bobós de camarão, o La Bahianaise é o único restaurante que comercializa acarajé em Paris. Porém, o menu conta com diversidade nos pratos.
"O foco maior é comida baiana, mas o menu muda toda semana. Eu tento, na medida do possível, varias bastante. A gente é o único restaurante de Paris que faz acarajé e eu desconfio que seja o único da França também", revelou.
Apesar de estar longe de casa, o tempero baiano ganha cores e sabores sem tanta dificuldade.
"Tem coisas que vem do Brasil mesmo, tem os fornecedores que importam e tem as coisas que acho em lojas africanas como dendê e feijão fradinho, que é bastante comum achar aqui, além de lojas asiáticas. Então é a junção desses três mercados", finalizou.
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Lucas Mascarenhas
Lucas Mascarenhas
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