A polícia espanhola deteve sete pessoas suspeitas de crimes de injúria racial e ódio contra o jogador Vinicius Jr. nesta terça-feira (23).
As prisões aconteceram após a revolta por conta dos ataques racistas contra o jogador durante uma partida na Espanha, no último domingo (21).
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Quatro dos sete presos são suspeitos relacionados ao caso do boneco de Vini Jr. enforcado em uma ponte de Madri, o caso aconteceu em janeiro deste ano.
Já as outras três são torcedores do Valencia, identificados pelos próprio clubes como autores dos ataques racistas durante o jogo que aconteceu no domingo.
Todos os detidos são espanhóis e possuem idades ente 19 e 24 anos. A prisão ocorreu por volta das 7h desta terça-feira e um deles já havia passagem pela polícia pelo crime de lesão corporal.
Entenda o caso
- Reincidentemente, o brasileiro Vini Jr., de 22 anos, vem sendo alvo de ataques racistas durante jogo do Campeonato Espanhol, organizado pela LaLiga, uma entidade privada. Neste domingo (21) ele foi mais uma vez insultado, antes mesmo de pisar em campo.
- Depois, durante o jogo, insultos racistas e gritos de 'macaco' foram proferidos das arquibancadas, após um lance aos 29 minutos do segundo tempo: Vini tentou jogada pela esquerda, e no momento uma segunda bola foi arremessada no campo e chutada por Eray Cömert, atleta do Valencia, de maneira proposital para interromper o lance do brasileiro.
- Foi quando Vini se dirigiu à parte da torcida do Valencia, localizada atrás do gol do time local, e apontou para torcedores que o insultavam chamando-o de macaco. O jogo chegou a ser paralisado por oito minutos, e depois foi retomado.
- No entanto, nos acréscimos, Vini se envolveu em uma confusão com o goleiro Giorgi Mamardashvili e, após ser contido pelo adversário Hugo Duro com uma gravata, acertou o rosto do atleta do Valencia ao tentar se desvencilhar. No fim, apenas o brasileiro foi punido, sendo expulso.
- Após a partida, o técnico do Real Madrid, o italiano Carlo Ancelotti, se mostrou revoltado e incrédulo com o acontecimento.
- O atleta também desabafou nas redes sociais e lamentou que os repetidos ataques discriminatórios estão fazendo com que a Espanha seja conhecida como “um país racista”.
Redação iBahia
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