A fabricante canadense de brinquedos eróticos Standard Innovation, dona da marca We-Vibe, concordou em pagar até US$ 7,5 mil a consumidores que compraram um “vibrador inteligente”, que rastreava o uso do aparelho sem o conhecimento dos donos. No total, a companhia foi condenada a pagar cerca de US$ 3 milhões em indenizações, informa o “Guardian”.
O We-Vibe 4 Plus é um vibrador high-tech, com conexão bluetooth para controle por um aplicativo de celular. A ideia é que o parceiro, mesmo à distância, possa controlar o brinquedo, enquanto o casal conversar por uma chamada de vídeo. O preço é salgado: US$ 119 nos EUA, mas o aparelho possui problemas de segurança cibernética básicos.
O vibrador pode ser conectado a qualquer celular que esteja dentro do alcance da antena bluetooth, e os dados de temperatura do aparelho e intensidade da vibração são coletados e enviados para a Standard Innovation, fazendo com que a empresa tenha acesso, combinando as duas informações, aos hábitos sexuais dos donos.
As falhas de segurança no vibrador foram reveladas na conferência Def Con do ano passado por hackers neozelandeses. Eles consideraram a falha uma “questão séria”, pois a ativação “não autorizada de um vibrador é potencialmente um abuso sexual”. Mas no processo, não foram relatados casos de ataques hackers, apenas a questão da privacidade pelos dados coletados pela empresa.
Em comunicado, a Standard Innovation afirmou que trata de forma “séria” a “privacidade e a segurança dos dados dos usuários”. A companhia diz ter melhorado a segurança do aparelho e fornecido aos consumidores “mais opções nos dados que eles compartilham”.
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Redação iBahia
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