Pelo menos 187 crianças foram mortas desde o início da repressão na Síria, informou nesta sexta-feira (7) o Comitê dos Direitos das Crianças da ONU. O comitê, que encerrou os trabalhos de sua 58ª sessão manifestou a sua preocupação "profunda com os relatórios regulares, críveis e corroborados, segundo os quais, violações graves dos direitos das crianças foram cometidas desde o início da revolta em março 2011 no país". Ele cita igualmente "prisões arbitrárias, assassinatos de crianças durante manifestações, atos de tortura e de maus tratos". Durante uma coletiva de imprensa, o presidente do comitê, o suíço Jean Zermatten, lamentou a situação. Ele explicou que até o dia 22 de setembro o comitê dispunha de uma lista de pelo menos 187 crianças mortas. Segundo Zermatten, este número foi fornecido pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, pelo Conselho de Direitos Humanos e por ONGs. A violência teve "efeitos diretos sobre as crianças", através do desrespeito à vida, de prisões e detenções, e teve também efeitos indiretos, em razão do desaparecimento ou morte de membros de suas famílias, além de dificuldades de acesso à educação, acrescentou. Nas suas conclusões, o Comitê pede que as autoridades sírias tomem "medidas imediatas para acabar com a utilização excessiva e assassina da força contra os civis e impedir mais violência contra as crianças". A repressão contra o movimento de contestação deixou, segundo a ONU, mais de 2.900 mortos desde o dia 15 de março na Síria.
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