Ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak foi absolvido neste sábado (29) das acusações de cumplicidade na morte de manifestantes na revolução que o derrotou em 2011. As acusações foram retiradas pelo Tribunal Penal do Cairo, que também o absolveu de um caso de corrupção. Entretanto, Mubarak permanecerá detido, pois cumpre sentença de três anos por outro caso de corrupção.
Em um primeiro processo, Mubarak foi condenado à prisão perpétua, mas a sentença foi anulada por razões técnicas e o caso novamente julgado. A leitura do acórdão deveria ocorrer em 26 de setembro, mas foi adiada para hoje pelo Tribunal. O julgamento de Mubarak pelas mortes dos manifestantes começou em 13 de abril de 2013, depois de um tribunal ter anulado a sentença de prisão perpétua.
Com os dois filhos, Alaa e Gamal, e o empresário Hussein Salem, o ex-presidente do Egito também enfrenta acusações de corrupção e enriquecimento ilícito por exportações de petróleo para Israel a preços supostamente mais baixos que os de mercado. Ex-ministro do Interior, Habib al Adli e sete responsáveis pelos serviços de segurança também foram julgados e inocentados pela morte de manifestantes.
Como em problemas de saúde, o ex-presidente, de 86 anos, está detido em um hospital militar do Cairo. Segundo balanço oficial, 846 pessoas foram mortas e milhares feridas durante a revolta de 2011, que derrotou o regime de Mubarak.
O juiz Mahmud Kamel al Rachidi explicou que conseguiu verificar apenas 60% da documentação do caso, composto por cerca de 160 mil páginas.
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