O ministro de Ferrovias do Paquistão, Ghulam Ahmed Bilour, anunciou que recompensará com US$ 100 mil quem assassinar o autor do vídeo que ridiculariza Maomé. Em entrevista coletiva na cidade de Peshawar, ele afirmou que está consciente que estimular um assassinato é crime, mas declarou estar pronto para cometer esse delito, segundo os jornais Dawn e Express Tribune. "Se existir alguma causa contra mim em uma corte internacional ou nacional, pedirei ao povo que me entregue", disse Bilour, justificando sua medida ao sustentar que é o único modo de amedrontar os blasfemos. O ministro solicitou o apoio dos talibãs e da rede terrorista Al Qaeda e pediu que "os ricos ponham à disposição da causa todo seu dinheiro, para que assim o assassino possa ser banhado em ouro e dólares". O Paquistão viveu uma sexta-feira sangrenta durante a celebração do recém instaurado Dia de Amor a Maomé, com a morte de pelo menos 19 pessoas nos distúrbios registrados em Peshawar e Karachi.
Protestos contra vídeo No dia 11 de setembro, protestos irromperam em frente às embaixadas americanas do Cairo, no Egito, e de Benghazi, na Líbia, motivados por um vídeo que zombava do islamismo e de Maomé, o profeta muçulmano. No primeiro caso, os manifestantes destroçaram a bandeira americana; no segundo, os ataques chegaram ao interior da embaixada, durante os quais morreram, entre outros, o embaixador e representante de Washington, Cristopher Stevens. O vídeo que desencadeou esta onda de protestos no mesmo dia em que os EUA relembravam os atentados terroristas de 2001 traz trechos de Innocence of Muslims, filme produzido nos EUA sob a suposta direção de Nakoula Basseky Nakoula. Ele seria um cristão copta egípcio residente nos EUA, mas sua verdadeira identidade e localização ainda são investigadas.