A morte do ex-ditador líbio Muammar Kadhafi representa "o final de uma era" na Líbia, segundo os principais dirigentes da União Europeia (UE), que pediram às novas autoridades locais uma política de reconciliação, nesta quinta-feira (20).A morte do ditador "marca o fim de uma era de despotismo e repressão que se estendeu por tempo demais pelo povo líbio", afirmam em uma declaração conjunta os presidentes do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso."A Líbia pode nesta quinta-feira virar uma página em sua história e empreender um novo futuro democrático", afirmaram. Van Rompuy e Barroso pediram ao Conselho Nacional de Transição (CNT) que coordenem "um processo de reconciliação" dirigido a todos os líbios e permitam "uma transição democrática, pacífica e transparente no país".Confira o vídeo que mostra corpo do ditador:
Morte do ditadorMahmoud Shammam, ministro da Informação do novo governo do país, confirmou que Kadhafi está morto. Ele teria sido preso próximo a Sirte, em um comboio que tentava fugir da cidade, que foi tomada definitivamente pelos rebeldes nesta quinta-feira. Sirte era o último foco de resistência kadhafista. Kadhafi, derrubado após a tomada de Trípoli no fim de agosto, estava desaparecido desde então, tentando reagir as tropas do Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião líbia, que tenta reorganizar o país na transição para a democracia.
Filho de KadhafiUm dos filhos de Kadhafi, Muatassim, também foi achado morto em Sirte, onde seu pai foi morto nesta quinta-feira (20), informou à France Presse Mohamed Leith, comandante das forças do novo regime líbio. "Nós o encontramos morto. Colocamos seu corpo, assim como o de (ministro da Defesa do antigo regime líbio) Abubakr Yunes Jaber, em uma ambulância para levá-los para Misrata", disse o militar. Informações anteriores eram de que Muatassim tinha sido capturado com vida no ataque que, segundo o governo líbio, matou Kadhafi.