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Veio da periferia

Jornalista baiana trabalha para liderança feminina virar realidade

Mulher, negra, criada em um bairro periférico de Salvador, Analú Ribeiro atualmente ocupa um espaço importante dentro da Rede Bahia

Redação iBahia • 24/03/2023 às 14:39 • Atualizada em 24/03/2023 às 16:20 - há XX semanas

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					Jornalista baiana trabalha para liderança feminina virar realidade
Foto: Reprodução / Redes sociais

Analú Ribeiro atualmente ocupa um espaço no quadro de funcionários da Rede Bahia que muitos antes duvidaram que seria possível. Nascida e criada no bairro de Engomadeira, periferia de Salvador, a jornalista conquistou seu lugar ao sol após subir degrau por degrau de uma carreira iniciada há quase seis anos.

"A gente sempre é resultado dos meios que a gente vive, das relações que a gente constrói, né? Eu acho que principalmente na nossa profissão sobretudo a gente é realmente resultado dessas relações. Analú é resultado do primeiro estágio que viveu, de onde eu passei como TV e rádio, obviamente resultado da família e do bairro onde mora até hoje que é Engomadeira [...] tudo isso fez de mim a Analú de hoje com 30 anos."

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De acordo com um levantamento feito em 2022 pela consultoria Gestão Kairós, especializada em diversidade, aponta que, entre 900 líderes entrevistados (nível de gerência para cima), apenas 25% são mulheres - e, entre elas, apenas 3% são negras. Analú é uma das mulheres que pretende mudar isso.

"A gente tem um caminho a percorrer. Hoje sou analista de comunicação e amanhã já vou ser uma coordenação. Não é assim. A vida é processo, mas é algo que em algum momento eu espero que chegue para mim. Acho que eu venho trabalhando para isso e tento me especializar, né? Fazendo um desenvolvimento da minha carreira. Espero que um dia eu consiga alcançar um posto de supervisão, de coordenação ou de gerência."

Ela também aproveitou a oportunidade para encorajar outras meninas pretas que sonham em ocupar espaços assim como ela. "O principal traço da infância que me acompanha até hoje é a voz. A gente sabe que o cenário empresarial é machista, mas nunca nenhum dos meus clientes deixaram de me ouvir, mesmo com a pouca idade, mesmo que na cabeça deles tenham passado a frase 'o que essa menina vai falar o que aí?' e quando a gente fala em sonho, o povo preto aprendeu a sonhar. A gente por muito tempo tentava sobreviver, mas hoje nos permitimos luxo, viajar de avião, acho que o grande segredo é esse. Sonhar e trabalhar nos lugares com muito profissionalismo. Acredite na sua transformação e no entorno."

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