A primeira noite do Concha Negra aconteceu nesta sexta-feira (23), com o Cortejo Afro fazendo as honras da casa neste projeto que visa exaltar a riqueza da produção musical afro-baiana. No palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, eles recebem como convidados especiais a banda Ilê Aiyê e o cantor Chico César, além da apresentação de abertura do Núcleo de Ópera da Bahia.
Criada em 1998 no bairro de Pirajá, a Banda Cortejo Afro traz uma batida percussiva que mistura ritmos africanos às batidas eletrônicas e ao pop, intitulada de “revolução musical afro-baiana”. Nos palcos, eles apresentaram um repertório único, formado por composições da banda, já consagradas pelo público, e releituras de canções nacionais.
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Mais antigo e famoso bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê foi convidado pelo Cortejo Afro para apresentar suas quatro décadas de valorização das histórias e estéticas negras. Homenageando países africanos, revoltas negras, personalidades e estados brasileiros que contribuíram fortemente para o processo de identidade étnica e auto-estima do negro, o Ilê levou ao palco os ritmos e a dança afro carregados de ancestralidade.
Natural da Paraíba, o cantor e compositor Chico César apresentou um repertório com elementos do samba-reggae, do axé e do forró.
O Núcleo de Ópera da Bahia foi o responsável pela abertura da noite, com uma apresentação que mesclou o universo da ópera com a cultura afro, mais especificamente à afro baiana.
Sobre o Concha Negra
O Concha Negra é uma iniciativa que se compromete a fomentar a diversidade cultural da Bahia, suas tradições e patrimônios, garantindo o lugar da música afro-baiana na programação mensal da Concha Acústica do Complexo do TCA.
O Concha Negra teve sua primeira etapa entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018, com shows de Filhos de Gandhy, Muzenza, Ilê Aiyê, Cortejo Afro, Olodum e Malê Debalê. A 2ª edição ocorreu entre novembro de 2019 e março de 2020, com ÀTTØØXXÁ, Ilê Aiyê, Sine Calmon e Morrão Fumegante, Olodum, Baco Exu do Blues, Lazzo Matumbi, Afropop – Margareth Menezes, Afrocidade e Luedji Luna e Núcleo de Ópera da Bahia – um último show, que reuniria Panteras Negras e Didá, foi cancelado devido à pandemia.