Beneficiários do programa Bolsa Família se aglomeram em filas em frente à Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza de Salvador (SEMPRE), localizada no bairro do Comércio, após terem o recebimento do auxílio bloqueado. A suspensão foi informada pelo governo federal através de uma mensagem no celular. Dona Vera Lúcia Evangelista é madrasta de Giliard, um jovem que luta contra o câncer e teve seu benefício bloqueado. Ela explica que o enteado precisa do Bolsa Família para a compra de medicamentos.
"Meu enteado teve o benefício bloqueado e vai ficar muito difícil para ele, porque ele não tem como se manter e os remédios dele são caros. Agora estamos esperando no Senhor, vendo o que Deus vai fazer pela gente, pois os antibióticos dele custam mais de R$200 cada", contou a mulher.
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Segundo a coordenadora da SEMPRE, Neyla Menezes, só na sede da pasta, cerca de 1.200 atendimentos são realizados por dia para regularizar a situação dos beneficiários.
"As unidades elas vêm se equipando para atender esse público. O intuito é ofertar e ampliar o serviço de modo que essas famílias tenham essa situação regularizada e, de acordo com a definição do governo, possam retornar a ter o benefício", explica.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, quem teve o Bolsa Família bloqueado tem até 13 de junho para recadastrar as informações e demonstrar que, de fato, preenche os requisitos para acessar o benefício. Quem não atualizar as informações ou comprovar que mora sozinho pode ter o Bolsa Família suspenso de forma definitiva.