O aumento no preço dos remédios vem pesando no bolso dos consumidores após a autorização do reajuste nos valores destes produtos pelo Governo Federal. A medida, que permite que as empresas aumentem em até 5,6% o preço dos medicamentos, foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (31). Pessoas que fazem tratamentos contínuos com remédios já sentem os efeitos da mudança nas farmácias, como é o caso da jornalista Manuella Cavalcanti.
“Nos últimos tempos, quando eu vou em uma farmácia, eu fico bastante assustada com o preço dos produtos, porque eu acho que eles estão bem mais caros, em relação aos remédios, principalmente os que eu uso diariamente. Eu costumo optar pelos medicamentos genéricos, por eles serem mais em conta e serem da mesma substância", explicou.
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O aumento é causado por alguns fatores, principalmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, medida oficial da inflação. O diretor do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado da Bahia, Gibran Sousa, enumera outros itens que influenciam a alta dos preços dos remédios.
“São repassados, além da inflação, o valor da água que aumenta, da energia, a própria mão de obra, então tudo isso acaba sendo repassado anualmente para o preço dos medicamentos. Não é algo que aumenta aleatoriamente. É pelo aumento de insumos, da matéria-prima, pelo aumento da mão de obra dos profissionais de laboratório, fabricando medicamentos como um todo", disse.
De acordo com a resolução, as empresas não podem vender os remédios a preços superiores aos determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. A decisão ainda obriga a ampla publicidade dos preços em veículos de grande circulação, e que seja mantida à disposição dos consumidores a lista atualizada de preços de medicamentos.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor recomenda que consumidores pesquisem em sites ou lojas físicas para encontrar remédios com descontos e promoções. Além disso, deve ser denunciada a farmácia que estiver comercializando as substâncias com preços abusivos.