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Elas no São João

Melodias negras: o impacto das mulheres no forró

'Não lidam bem com mulheres no forró', diz DJ Preta sobre os desafios do mercado musical para negras

Mariana Barreto • 24/06/2024 às 6:00 - há XX semanas

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Em meio a época mais esperada pelos nordestinos, as mulheres no forró tem contagiado o São João, entre elas, DJ Preta se destaca como produtora musical, jornalista e pesquisadora, fundando o ForróSound, uma discotecagem de música nordestina, para promover o forró interpretado por mulheres e artistas negros.


				
					Melodias negras: o impacto das mulheres no forró
Melodias negras: o impacto das mulheres no forró. ​Foto: Reprodução / Capa de álbum

Para ela, as pessoas não lidam bem com mulheres na música e a representatividade é crucial: "o número de mulheres negras no forró é muito pequeno, principalmente comparado à parcela da população, sendo que negros são a maioria”.

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A pesquisadora lamenta a dificuldade em encontrar mulheres negras em evidência no forró, principalmente na Bahia, um estado onde 79,7% da população se autodeclara preta ou parda, segundo dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Quando buscamos mulheres negras dentro do forró, como Fatel Barbosa e Joana Angélica todas essas são bem mais antigas e desconhecidas pelo público e é muito injusto não colocar o fator gênero e raça dentro desse processo, porque nós somos seres políticos e vivemos essas características sociais”, afirmou a pesquisadora.


				
					Melodias negras: o impacto das mulheres no forró
Melodias negras: o impacto das mulheres no forró. ​Foto: Reprodução / Igor Carvalho

A pesquisa da DJ Preta vai além da música, busca destacar talentos em ascensão e romper as barreiras que limitam a participação de artistas negros no forró, um gênero cuja própria origem afrodescendente costuma ser negada.

“O racismo no gênero musical começa no momento em que as pessoas se recusam a dizer que o nome forró vem de forróbodo, que é uma palavra banto de origem africana, e preferem dizer que forró vem de ‘for all’ porque é inglês” diz DJ Preta.


				
					Melodias negras: o impacto das mulheres no forró
Melodias negras: o impacto das mulheres no forró. ​Foto: Reprodução / Elis Regina Sodré

Após a entrevista, DJ Preta compartilhou com o Mundo Bahia FM uma lista com cinco mulheres negras no forró, para que o público conheça a contribuição dessas artistas para a cultural musical.

Ouça mulheres negras no forró

Joana Angélica

Cátia de França

Nádia Maia

Fatel Barbosa

As Januárias

Conheça DJ Preta

Com pais nordestinos, Dj Preta conta que nasceu em Brasília, mas as origens são do Maranhão e do Piauí, onde sua mãe e pai nasceram, respectivamente.


				
					Melodias negras: o impacto das mulheres no forró
Melodias negras: o impacto das mulheres no forró. ​Foto: Reprodução / Igor Carvalho

Ela atua em eventos de Samba, Forró, Seresta, Arrochadeira, Brega e Brasilidades, promovendo a cultura musical nordestina e nortista. O trabalho musical mais recente foi a produção do beat da música "Ebó D'si Fazê Acendê" da artista Pedra Homem Cabra Bixa, lançado em 2024.

Além disso, ela contou com a colaboração do DJ Terranova para produzir o remix da música “Forró Pra Pife Ver”, da banda Cajú Pinga Fogo.

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