O cantor e compositor Agenor de Miranda Araújo Neto, o famoso e icônico Cazuza, estaria completando 65 anos nesta terça-feira (4), se estivesse vivo.
O artista, que sempre teve contato com a música, iniciou sua carreira na banda Barão Vermelho em 1982, quando se juntou com Roberto Frejat, Dé Palmeira, Maurício Barros e Guto Goffi. Antes da entrada de Cazuza, o grupo não tinha músicas autorais.
Leia também:
Dentro da banda Barão Vermelho, Cazuza lançou três álbuns e ganhou um disco de ouro com o LP "Maior Abandonado", em 1984. Além disso, ele se apresentou no Rock In Rio, e também gravou o tema do filme "Bete Balanço", de Lael Rodrigues.
Em 1985, Cazuza decidiu seguir carreira solo e gravou quatro álbuns, incluindo "Exagerado", que inclui a faixa homônima, maior sucesso do disco, e a canção "Só As Mães São Felizes", censurada pelo regime militar.
Os dois últimos trabalhos de estúdio do cantor foram "Ideologia" e "Burguesia", em 1988 e 1989, respectivamente. No mesmo período, Cazuza descobriu que vivia com o vírus HIV. Nestes trabalhos, músicas como "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "Filho Único" e "Cobaia de Deus" fizeram muito sucesso.
Ainda em vida, Cazuza recebeu o prêmio de melhor canção com "Brasil", e compareceu na cerimônia do Prêmio Sharp em uma cadeira de rodas, já debilitado devido a complicações causadas pela AIDS.
Agenor de Miranda Araújo Neto, o eterno Cazuza, morreu em 7 de julho de 1990, aos 32 anos, por um choque séptico - infecção generalizada que leva à falência múltipla de órgãos -, causado pelo agravamento da AIDS. Após seu falecimento, o artista ainda foi premiado novamente na categoria "melhor canção" do Prêmio Sharp, com a música "Cobaias de Deus".