O artista plástico de Salvador, Bel Borba, é o convidado do Geração GFM deste domingo, às 20h. No episódio 88 do programa, o artista falou com Thiago Mastroianni a respeito de suas obras, inspirações e sua próxima exposição.
Bel conta que fez a sua primeira arte com 8 anos de idade, quando seu irmão, que estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, lhe entregou um jarro para ele riscar e então ele fez uma ânfora (vaso grego), que considerou sua primeira xilogravura.
Leia também:
Bel Borba e a arte
Durante uma conversa no estúdio, Borba falou sobre seu processo criativo. Ele escolhe um tema exótico e fica cerca de 90 dias em um período de “brainstorm”, termo do inglês que significa tempestade de ideias, até que comece a elaborar a obra.
“Eu sinto que escolho um tema mais simplório, inusitado e inesperado, e me posiciono para fazer a minha abordagem. Fazer com que ela seja como uma espécie de provocação e reflexão. Como se eu pegasse uma coisa que era desprezível e colocasse um enfoque que faça as pessoas repensarem e ver aquela coisa simplória numa perspectiva diferente”
Refletindo sobre suas características artísticas, o artistas diz não ter um tema específico para retratar, mas tem temas que sempre fazem parte do repertório, como a figura humana, a família e o grupo social.
Além disso, nas obras abstratas sempre tem elementos que remetam a estrutura, seja tridimensional ou bidimensional. “Um aspecto das obras abstratas elas sempre tem uma composição/construção que sugerem estrutura sempre, quer seja por cor, quer seja pela distribuição nas formas” disse Bel.
Próxima exposição
Um amigo do artista, Marcelo Rezende, dizia que Bel “trava um diálogo com a cidade”. Seguindo esta mesma perspectiva, o escultor fará sua próxima exposição em Salvador em formato de tributo a capital baiana.
"Aqui eu vivi, eu me sinto parte disso, eu acho que de alguma forma eu faço parte da cidade, a minha obra faz parte da cidade e isso tudo se funde em quase 60 anos de produção permanente” disse Borba.
O artista brinca com o nome da exposição, “Sons do Brasil”, porque junta o termo em inglês “son” que significa filho e em português remete a som, dessa forma ele conecta a questão familiar e musicalidade da cidade nas obras.
A exposição tem previsão de acontecer em outubro, mas a data ainda será definida.