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Aniversariante

Jards Macalé completa 80 anos nesta segunda-feira (3)

Parceiro de Capinam, artista diz não concordar com termo “Maldito”

Paulo César • 03/04/2023 às 15:30 - há XX semanas

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					Jards Macalé completa 80 anos nesta segunda-feira (3)
Fernando Lemos/Divulgação

O bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, é famoso por ter dado ao Brasil grandes nomes da música brasileira. Lá nasceram e moraram Erasmo Carlos, Tim Maia, Jorge Benjor e o aniversariante desta segunda-feira (3), Jards Macalé, que chega aos 80 anos e com mais de 60 deles dedicados à música.

'Irreverente', 'criativo', 'revolucionário' e 'maldito'. Ao longo dos anos, esses foram os adjetivos atribuídos ao cantor que ganhou ainda na juventude o apelido de 'Macalé', numa alusão a um jogador do Botafogo que era considerado o pior do time. Comparação inevitável com o jeito desengonçado e grosso que Jards mostrava nas partidas de futebol. Apesar de não ter o dom da bola, ele se descobriu no meio da música.

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Ainda na adolescência formou o seu primeiro grupo, o "Dois no Balanço". Cresceu escutando samba, foxes, valsas e, no rádio, grandes sucessos como Orlando Silva, Vicente Celestino, Marlene e Emilinha Borba. Um verdadeiro caldeirão que foi criando uma coxa de retalhos na cabeça de Jards, que buscou uma formação técnica estudando piano, violoncelo, violão e análise musical.

Na década de 60, se enturmou com gente famosa, como Grande Otelo e Vinicius de Moraes, que conheceu na churrascaria Pirajá, em Ipanema. Em 1965, estreou profissionalmente como violonista do lendário Grupo Opinião. Já em 1969 deu um belo voo solo quando participou do IV Festival Internacional da Canção (FIC), quando defendeu a composição “Gothan City”, que fez em parceria com o baiano José Carlos Capinam.

Ele ficou famoso em entrevistas dadas ao jornal “Pasquim” e depois pela aproximação com Caetano e Gil, com quem se juntou no exílio, em Londres.

Algumas parcerias com geniais criadores, como Wally Salomão e Torquato Neto, o fizeram vestir definitivamente a capa de "Maldito" pela irreverência e ousadia das músicas. Apesar da fama, ele afirma que nunca gostou do termo, pois nunca foi um “maldito” de verdade.

Em "Farinha do Desprezo", uma de suas mais famosas canções, ele cutuca: "Já comi muito da farinha do desprezo / Me jogue fora que na água do balde eu vou m'embora alimentar minha fome para que eu nunca me esqueça...”.

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