A adolescente Rayouf Alhumedhi, de 15 anos, criou emojis de bonecos usando o véu típico dos muçulmanos e está sugerindo seus desenhos para a organização The Unicode Consortium, responsável por lançar as figurinhas usadas em mensagens trocadas por pessoas no mundo todo. A jovem saudita, que mora na Alemanha, criou uma figura feminina e uma masculina, cada qual usando as versões adequadas do hijab. Na cultura islâmica, o véu na cabeça é usado para "separar as pessaos de Deus", mas também garante privacidade e transmite moralidade e humildade. Ontem, Rayouf participou de um chat ao vivo no site "Reddit" para apresentar o pedido. Muitos internautas usaram o espaço para questionar a liberdade feminina no islamismo. A adolescente, então, falou abertamente sobre o significado da indumentária para uma adepta do Islã. Uma pessoa perguntou a Rayouf: "você pode explicar como véus e hijabs não são parte de uma construção patriarcal que oprime as mulheres?". A adolescente respondeu: "Pode parecer confuso, mas quando eu visto o véu, na verdade, me sinto liberta porque estou em controle do que quero cobrir. O lenço permite que as pessoas vejam menos a beleza de uma mulher e mais o seu conhecimento. Eu sei que algumas mulheres são forçadas a usá-lo, mas é uma parcela pequena perto daquelas que veem a beleza nisso". O Unicode Consortium é uma organização sem fins lucrativos que, entre outras atividades, fornece códigos pictográficos de emojis — mas a adição de cor e outros aspectos ilustrativos fica por conta das empresas. A proposta também está disponível em petição online no Change.org, onde tem mais de 2 mil assinaturas, e no site Emoji Request, onde mais de 400 pessoas pedem a criação do emoji feminino com hijab. Em um rascunho da proposta disponibilizado na internet, a estudante conta que teve a ideia quando quis representar seu grupo de amigas no iPhone, mas não achou nenhuma opção de emoji. Ela até escreveu para a Apple, mas não teve retorno. Hoje, alguns celulares oferecem apenas um emoji de homem com turbante. No documento da proposta, a jovem defende: "Com a quantidade de diversidade neste mundo, nos devemos ser representados".
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Redação iBahia
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