
Robertinho, SekoBass e Russo (foto) integram a banda com Ícaro Sá, Japa System e João Meirelles (Foto: Filipe Cartaxo/Divulgação) |
Sistema de somInspirada no sistema de som jamaicano, a BaianaSystem testa novas músicas em cima do trio, nos shows, antes de gravar em disco. Caso de Lucro (Descomprimindo), parceria com o multiinstrumentista argentino Mintcho Garrammone que acaba de ser lançada nas redes sociais. Velha conhecida de quem acompanha os shows da Baiana, a música faz parte do novo álbum do grupo, assim como Playsom. “É muito importante que a gente entenda esse meio de produção. Vem do soundsystem, vem do eletrônico, vem do reciclável. Não é um processo estático. Os antigos jamaicanos faziam isso. O samba-reggae é assim. A Bahia e a Jamaica têm esse processo muito forte”, explica Russo.
Assim, quem quiser uma prévia do novo trabalho , produzido pelo paulista Daniel Ganjaman, não precisa esperar. “A mais de mil decibéis”, as novidades estarão disponíveis no Carnaval da banda que reúne um público cada vez maior e mais heterogêneo. Do circuito independente, a banda já rodou o Brasil, fez turnê internacional que passou pela China, virou trilha do jogo Fifa 16 e até de aula de suingue baiano, nas academias, ao lado de bandas como Vingadora e Psirico. “Sério? Não sabia disso!”, surpreende-se Russo, aos risos. “Acho maravilhoso! Só lembro de Leo Brau e Erica Ribeiro, que tiveram a expressão corporal filmada no clipe de Playsom”, elogia, ao citar os dançarinos da música que tem participação de Márcio Victor, do Psirico, na percussão. O novo álbum da Baiana inclui as Ganhadeiras de Itapuã e artistas como Rowney Scott, Siba, Marcelo Galter e Junix 11. “O que acontece com a BaianaSystem, que agrada todo mundo, é que os caras são mente aberta, né, bicho? Os caras são massa, a música é bem feita... A semelhança que vejo do público do Psirico gostar é que a Baiana mistura um pouquinho de tudo”, destaca Márcio Victor, 36 anos. Alvo de crítica por parte de alguns fãs xiitas, que torcem o nariz pra diversidade de público, a BaianaSystem não se limita e aposta mesmo na experimentação. “Engraçado isso... A gente tem mudado muito o público. Mas isso, na verdade, é um combustível. Salvador é assim, a experimentação faz parte do DNA do baiano e passa por tudo, inclusive o público diverso”, pondera Robertinho. Russo concorda: “Existem preconceitos, mas a gente não cai neles. Seja no Carnaval que é livre, seja no espaço privado. Existe ali um elemento que está relacionado diretamente ao que a galera sente. A música alimenta a alma”.
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