Mais 60 canetas de Mounjaro, medicamento indicado para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, foram apreendidas na mochila de um passageiro no aeroporto de Salvador na noite de quarta-feira (23).

A Receita Federal (RF) informou ao g1 que agentes da vigilância identificaram um passageiro de 21 anos, de nacionalidade francesa, que havia saído da Irlanda. A identificação foi feita por meio de técnicas de análise de perfil. Os medicamentos foram encontrados após uma mochila do passageiro passar pelo equipamento de scanner no aeroporto de Salvador.
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Segundo a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, a venda de medicamentos no Brasil é exclusiva de farmácias, drogarias, postos de medicamentos, unidades volantes e dispensários.
O Mounjaro, que tem como princípio ativo a tirzepatida, é aprovado pela Anvisa para o tratamento de diabetes tipo 2. No entanto, por também atuar em hormônios ligados à digestão e à saciedade, o medicamento tem sido procurado por pessoas interessadas na perda de peso.
No Brasil, a comercialização do Mounjaro é proibida, e sua importação só é permitida para pessoa física, mediante apresentação de receita médica. Já o Ozempic, que contém a substância semaglutida — capaz de imitar a ação do hormônio GLP-1, naturalmente produzido no intestino —, tem a venda autorizada no país.
Na prática, o medicamento proporciona maior sensação de saciedade, o que pode resultar em uma redução de 30% a 40% na ingestão calórica, dependendo da dosagem utilizada.
Canetas de Mounjaro apreendidas na Bahia

A Receita Federal apreendeu 100 canetas do medicamento Mounjaro, na noite do dia 10 de março, no Aeroporto de Salvador. Segundo o órgão, elas estavam escondidas embaixo da roupa de um passageiro de 22 anos.
O suspeito, que nasceu em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, estava em um voo que tinha saído de Paris, na França.
O crime foi descoberto após o jovem ser selecionado pela equipe de vigilância para participar de uma revista pessoal. Durante o processo, o passageiro disse que comprou os medicamentos em Londres.
As investigações da Receita Federal apontaram que o baiano tem ligação, inclusive familiar, com um grupo investigado por transportar esse tipo de medicamento de forma irregular para vender em clínicas.
Dez dias depois, canetas de Mounjaro e Ozempic foram apreendidas em uma clínica particular, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. A apreensão aconteceu após uma denúncia de venda irregular de medicamentos na unidade de saúde.
No dia 10 de fevereiro, a Receita Federal também apreendeu, no Aeroporto de Salvador, 681 caixas vazias de embalagens do mesmo medicamento e que tinham sido produzidas no Reino Unido.
O órgão informou que fará representação ao Ministério Público Federal (MPF) para dar encaminhamento à investigação criminal.


Redação iBahia
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