Com modernas técnicas de impressão 3D, cientistas da Universidade de Minnesota conseguiram criar uma rede de receptores de luz numa superfície esférica. O feito é considerado um passo importante para a criação de um “olho biônico”, que pode ajudar pessoas com deficiência visual a enxergarem melhor. O estudo foi publicado nesta semana na revista científica “Advanced Materials”.
— Olhos biônicos são pensados normalmente como ficção científica, mas agora ele está mais perto que nunca por causa das impressoras 3D — afirmou Michael McAlpine, coautor da pesquisa.
Os experimentos começaram com uma impressora 3D customizada e um domo hemisférico de vidro. Nos primeiros testes, os pesquisadores usaram uma tinta a base de partículas de prata, e os resultados foram positivos. Em vez de escorrer pela superfície curva, o material se manteve no local correto e secou de forma uniforme. Então, os cientistas usaram materiais polímeros semicondutores para imprimir uma rede de fotodiodos, que convertem a luz em eletricidade.
O processo de impressão demora cerca de 1 hora, e os fotodiodos alcançaram eficiência de 25% na conversão de luz em eletricidade. Agora, a equipe trabalha no desenvolvimento de um protótipo ainda mais eficiente e tentam criar uma forma de imprimir em materiais macios, que possam ser implantados no globo ocular.
McAlpine e sua equipe são conhecidos no meio científico por trabalhos de integração da impressão 3D com a eletrônica e a biologia. Em 2013, ganharam atenção da imprensa pela criação de um “ouvido biônico” e, desde então, criaram réplicas de órgãos impressos em 3D para a prática cirúrgica e tecido eletrônico que pode funcionar como “pele biônica”. Agora, o “olho biônico” é um desafio pessoal.
— Minha mãe é cega de um olho e sempre que conversamos sobre o meu trabalho, ela diz: “Quando você vai imprimir um olho biônico para mim?” — revelou McAlpine.
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Redação iBahia
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