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Cinema imersivo: iBahia conhece 1ª sala IMAX do estado; saiba detalhes da experiência

Em março, Salvador ganhou a primeira sala IMAX do estado, pela rede UCI Orient, no Shopping da Bahia

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Nathália Amorim

05/06/2022 às 8:00 • Atualizada em 13/05/2023 às 11:57 - há XX semanas
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					Cinema imersivo: iBahia conhece 1ª sala IMAX do estado; saiba detalhes da experiência
Foto: Divulgação

Cinema é imersão. Poucas vezes é possível desacelerar de forma tão prática quanto em duas horas numa sala com ar condicionado e uma tela imensa, com algum filme cuja pretensão é te conquistar e divertir. E, como toda imersão, ela sempre pode ser potencializada.

Em março, Salvador ganhou a primeira sala IMAX do estado, pela rede UCI Orient, no Shopping da Bahia. A novidade faz parte do complexo De Lux, composto por mais duas salas VIP. O espaço que possui lounge exclusivo para os clientes, chega com a proposta de modernizar a experiência para os fãs de cinema da capital baiana.

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“Estamos trazendo para a capital baiana salas com padrões mundiais de qualidade, com conforto e atendimento diferenciados, para proporcionar a melhor experiência aos nossos clientes”, comenta Norma Mônaco, responsável pela Orient Cinemas.

O iBahia conheceu e a assistiu a um filme na primeira sala IMAX de Salvador, e te conta a experiência.

Mas calma, o que é IMAX?

IMAX ou Imagem Maximum é um formato que abrange e potencializa toda a parte técnica do filme, como som, imagem, resolução e até o formato da tela. Com uma transmissão mais "envolvente", grandes estúdios já gravam os filmes com tecnologia IMAX, como o recente "Top Gun: Maverick".

Mas, apesar de ganhar popularidade de alguns anos para cá, o IMAX chegou em 1960. O primeiro filme projetado em uma sala IMAX foi 'North of Superior', em 1971, em Toronto, nos Estados Unidos. Até 2016, o país era dominante no mercado e tinha o maior número de salas desse formato no mundo.

E as mudanças não ficam só na tecnologia, as salas IMAX também devem ser diferentes. Se nas convencionais a exibição é feita em telas retas e simples, com fileiras frontais para garantir ampla visão, as salas IMAX são feitas para a experiência imersiva.

Áudio melhor, tela maior

Na sala IMAX de Salvador, a diferença já começa na entrada. Um longo corredor iluminado com luz de led azul te faz entrar no clima envolvente, até chegar as fileiras de cadeiras. Os olhos se adaptam à escuridão com facilidade e o corpo já começa a relaxar. E falando em cadeiras, esqueça as filas retas. Aqui, elas são projetadas também lateralmente, acompanhando a tela côncava.


				
					Cinema imersivo: iBahia conhece 1ª sala IMAX do estado; saiba detalhes da experiência
Foto: Clara Ballena

A geometria é personalizada, e os 175 m² de tela faz o espectador estar tão próximo e conectado, que é como estar dentro do próprio filme. A diferença de projeção também é perceptível. A imagem além de mais cristalina, parece também expandida e mais definida. Dá até para ver a marca da barba feita de Tom Cruise em "Top Gun: Maverick".

Já o som, é a cereja do bolo e o que une os elementos. Imagine aquele fone de ouvido superpotente, que você acredita ser o melhor do mercado. Imaginou? Agora potencialize por 12.000 watts e talvez chegue perto do áudio da sala IMAX. A sala tem alto-falates alinhados a laser, ou seja, o espectador tem a mesma qualidade de som em qualquer poltrona.


				
					Cinema imersivo: iBahia conhece 1ª sala IMAX do estado; saiba detalhes da experiência
Foto: Nathália Amorim/iBahia

No caso do filme "Top Gun: Maverick", que está atualmente em cartaz, a sensação com as cenas de caças F-18 é de que estão passado no pé do seu ouvido. A potência é tão grande, que os espectadores pareciam não respirar, em um silêncio mútuo e olhos vidrados na tela. Teve até que sentisse as pernas tremer.

No geral, quem assiste a um filme na sala IMAX quase consegue se sentir dentro do próprio longa, elevando a emoção e o sensorial do espectador.

No término da sessão, os burburinhos eram de elogios, não só ao filme, mas também à experiência. "Que filmaço, né, e a tela…", disse uma mulher em conversa com o grupo de amigos que pareciam ser fãs do clássico "Ases Indomáveis".

O diretor, roteirista e produtor Eduardo Tosta explica essas mudanças sentidas pelos espectador.

"Há uma potência maior na questão do tamanho da tela, ela quase que dimensiona tanto nas laterais, quanto na margem superior e inferior da fotografia dos filmes. Então, são telas muito mais cheias do que de fato aquele cropp, aquela imagem recortada que a gente tem no cinema comum", avalia.

Ele destaca também a tridimensionalidade do áudio, o que esclarece a sensação na sala do cinema.

"A sala ainda tem uma questão de tridimensionalidade do seu som, a gente consegue sentir diferente camadas do som, de profundidade. Isso dentro da própria ficção. Traz uma floração, uma fruição de sensações muito mais sensíveis, você tem muito mais sensibilidade pelo que você está assistindo e se sente de fato dentro do filme", reflete o cineasta que participou da 74ª e 75ª edição do Festival de Cannes, no segmento Short Film Cornet e Maché du Film, respectivamente.

Preço mais salgado

Com os benefícios da alta tecnologia, a diferença é sentida na experiência e no bolso. Os preços da sala IMAX são um pouco mais caros que a de convencionais. Os valores podem chegar a R$52 reais a inteira, a depender do dia e do período.

"São filmes que precisam ser rodados para IMAX. É uma tecnologia extremamente cara e isso reflete no custo benefício de um filme IMAX, que é ser um pouco mais caro do que um filme comum, normal", argumenta Tosta.

A dica para quem não pode ir sempre a esse tipo de sala, é escolher o filme que deseja viver uma experiência mais imersiva de cinema e que seja gravado em IMAX. O catálogo de filmes com a tecnologia cresce cada vez mais, incluindo grandes sucessos, como filmes de super-heróis, a respeito do recente "Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura" e sequências de longas, como o próprio "Top Gun", que teve grande parte do longa gravado como câmaras IMAX.

Fala aí, cinéfilo

Mas, os fãs de cinema que já experimentaram a nova sala aprovam a experiência e acreditam que o custo benefício é favorável. Clara Bellena, bacharel em artes e especializada em cinema e audiovisual, conta que o impacto maior foi com a tela.

"O que me impactou mais em ver uma sala IMAX foi justamente ver o tamanho da tela. A proporção do IMAX é essa imersão de tela, a quantidade de pixels é quase o quádruplo em relação a salas normais de cinema. E a proporção de tela é do chão até o teto", analisa.

Ela destaca a importância de assistir filmes gravados em IMAX. Segundo Clara, se o longa não for rodado com essa tecnologia, não há experiência completa.

"Eu acho que o custo benefício faz jus se o filme for IMAX. Aí que entra a problemática. Para um filme ser IMAX, ele precisa ser gravado em IMAX. Por exemplo, "Morbius", primeiro filme utilizado na sala, não foi gravado em IMAX. Então quando a gente assistiu, teve duas tarjas pretas. Você não tem a experiência completa porque a ideia do IMAX é que você tenha mais proporção da imagem, você visualiza mais da imagem", conta.

Experiência diferente quando assistiu o longa "Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura", da Marvel, gravado totalmente com a tecnologia e feito especialmente para as salas.

"Realmente faz a diferença, você vê mais elementos, mais detalhes do filme, você vê mais a proporção do corpo do personagem, é muito legal porque te dá uma ideia de imersividade além do horizontal e além do vertical clássico, que a gente tem muito nas redes sociais. Conseguimos visualizar mais, sem perder o que o cinema traz. Vale a pena pela experiência de ver o filme gravado em IMAX", analisa.

Num aspecto geral, a cineasta define a experiência como "grandioso, no sentido literal e imagético".

"Se você é fã da sétima arte, se você é fã de cinema, é algo que você ao menos tem que experienciar uma vez na vida. É muito interessante, é realmente algo assim… você entra naquela sala, você vê aquela tela daquele tamanho... é algo que enche os olhos", conclui.

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