Os títulos relacionados ao Rock, que há 35 anos tem o dia 13 de julho como a data para celebrar o gênero, costumam ser associados a figuras masculinas, vide "Rei do Rock", com Elvis Presley.
Mas a história mostra que o ritmo, um dos mais ouvidos no mundo, nasceu das mãos de uma mulher negra, cantora gospel norte-americana.
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Em 1938, Sister Rosetta Tharpe dava início ao estilo único e próprio, que seis anos depois teve o seu primeiro registro oficial com o lançamento da canção original 'Strange Things Happening Every Day'.
Filha de artistas, que dividiam seu tempo com os trabalhos manuais em uma fazenda de algodão no Sul dos Estados Unidos, Rosetta iniciou sua carreira junto a comunidade gospel, de onde nunca se afastou, mesmo iniciando a história no Rock.
Apelidada como a 'Madrinha do Rock and Roll', a artista pode ocupar o cargo de mãe do gênero, tendo influenciado grandes nomes da música, como B.B King, Bob Dylan, Chuck Berry, Etta Jones, Johnny Cash, Little Richards e Elvis Presley, que terá seu filme biográfico lançado neste mês e nele, Rosetta será retradada
Pioneira no rock, Rosetta era considerada uma mulher a frente ao seu tempo. A artista aprendeu a tocar guitarra logo cedo e se destacava com seus solos.
Nas mãos da cantora, o rock surgiu de uma mistura do blues com o jazz e um toque diferenciado com o uso de dsitorção na guitarra, o que deu a artista a característica única que a diferenciou dos cantores da época.
Entre suas canções, era possível encontrar músicas seculares e louvores religosos, uma mistura exigida pela gravadora para que Rosetta pudesse ter mais trabalhos lançados. Após o fim do contrato, a artista voltou a se dedicar a música gospel.
A alcunha de ser a frente do seu tempo tem relação também com o que era cantado pela artista. Nas músicas, Rosetta cantava sobre suas experiências sexuais, tema considerado tabu para a sociedade.
A música 'Strange Things Happening Every Day', citada no início do texto, é considerado o primeiro registro gravado de uma música de rock. A artista ainda entrou para a história como a primeira cação com forte crítica religiosa a entrar para o Top 10 da Billboard. A faixa entrou para a trilha sonora do filme Elvis, no qual Sister será representada pela atriz Yola.
Apesar da grande importância para a música, a história de Rosetta quase foi esquecida em seus últimos anos de vida. A artista, que teve a saúde deteriodada após a morte da mãe, foi diagnosticada com depressão e diabetes, o que a levou a ter uma perna amputada.
Sister Rosetta morreu em 1973, em decorrência de um derrame. A artista foi enterrada em um túmulo sem identificação, e só em 2008 teve uma lápide, que foi comprada com fundos arrecadados de um show beneficente.
Para a música, mesmo com as menções de grandes astros, a artista só foi ter seu nome no Hall da Fama do Rock & Roll em 2018, 45 anos após a morte.
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Redação iBahia
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