As contas públicas apresentaram novo rombo em março e nos três primeiros meses do ano. O Ministério da Fazenda informou, nesta quinta-feira, que o governo central (composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) acumulou um rombo de R$ 18,216 bilhões no trimestre. Este é o pior resultado para o mês em 20 anos, desde 1997, quando começou a ser medida a série histórica. No mês, registrou déficit primário de R$ 7,942 bilhões no mês passado, também o pior acumulado para o período da série histórica. O desempenho para março não era negativo desde 2010, quando o déficit foi de R$ 4,55 bilhões. De acordo com relatório divulgado hoje, as receitas tiveram queda real (já descontada a inflação) de 6,4% e fecharam março de 2016 em R$ 84,7 bilhões. Já as despesas cresceram 4,3% e somaram R$ 92,7 bilhões no mesmo período. O resultado de março reforça a crise fiscal do governo, que não deve conseguir atingir a meta fiscal prometida para 2016, de um superávit de R$ 30,55 bilhões, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Deste total, R$ 24 bilhões (0,39% do PIB) cabem ao governo central e R$ 6,55 bilhões (0,11% do PIB) a estados e municípios. Por isso, o Ministério da Fazenda tenta alterar a meta em vigor para permitir abatimentos em caso de frustração de receitas e alocação de recursos em áreas estratégicas. Assim, o governo central ficaria autorizado a apresentar um déficit de até R$ 96,6 bilhões este ano.
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Redação iBahia
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