Quais são as opções para comprar um imóvel hoje?
A necessidade de contar com a casa própria- ou o apartamento próprio- tem sido, e continua a ser, uma preocupação comum para a maioria dos brasileiros. Especialmente para quem já está formando uma família, a compra de um imóvel oferece seguridade e tranquilidade para planejar o futuro, saindo da instável situação que pode significar o aluguel permanente. Além disso, adquirir uma casa, apartamento ou terreno costuma ser uma ótima inversão a longo prazo para quem não sabe direito como dispor de suas poupanças ou de linhas de crédito convenientes.
Existem diversas formas de obter o valor necessário para a compra de imóveis. Em primeiro lugar, óbvio, a pessoa pode investir dinheiro que tenha poupado, mas a realidade é que o valor de uma casa ou apartamento supõe um gasto extraordinário para o orçamento da maioria das pessoas que precisam da ajuda de algum sistema de financiamento para chegar a esse objetivo. Assim, em primeiro lugar, quando se trata da compra de imóveis novos, muitas das companhias construtoras ou as comercializadoras do projeto oferecem crédito para poder parcelar o pagamento ao longo do tempo, só que as condições podem não ser tão acessíveis ou exigem uma entrega de uma alta soma de dinheiro inicial. Uma alternativa normalmente utilizada são as linhas de crédito imobiliário que a maioria dos bancos proporcionam para os clientes, às vezes utilizando os benefícios de sistemas de promoção como o FGTS, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, e o SBPE, Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. Tratam-se de linhas desenhadas para a promoção da vivenda com alguns limites ou condições relativas à renda familiar máxima do requerente ou valor máximo do imóvel a ser comprado.
A boa notícia é que estamos em um momento propício para fazer este tipo de investimentos. Depois da crise, o mercado imobiliário está experimentando uma reativação e com boas expectativas para os próximos anos. De acordo com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) este setor vem apresentando aumentos de lançamentos e vendas de imóveis em comparação com anos anteriores. Concretamente, segundo o relatório de Indicadores Imobiliários Nacionais do terceiro trimestre do 2019, elaborado por essa instituição, os lançamentos apresentaram um aumento de 4,1% em relação ao trimestre anterior e de 23,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já as vendas cresceram um 15,4% com relação ao 2018 e o estoque de imóveis residenciais novos se reduziu.
O ambiente favorável é devido à combinação de dois fatores: a maior oferta de créditos habitacionais por parte dos bancos e a queda geral das taxas de juros da maioria das linhas de crédito que também beneficiou ao financiamento imobiliário, adicionando a competência que isso gera entre os bancos e favorece a melhores condições deste tipo de empréstimos, como por exemplo os créditos oferecidos pela Caixa Econômica Federal que anunciou baixas de até um ponto percentual.
A nova autorização do Banco Central: mais uma boa!
Como informou a CONFEBRAS (Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito), a finais do ano passado, o Conselho Monetário Nacional dependente do Banco Central, autorizou às cooperativas de crédito a fazer oferta de serviços de financiamento imobiliário para seus associados. Isso é uma ótima notícia para o setor e para quem está na procura de boas condições num empréstimo habitacional principalmente porque as taxas de juros oferecidas pelas cooperativas costumam ser bem menores do que as dispostas por bancos ou outras companhias financeiras: de um 20% até 40% menores. Mesmo que ainda não existam avaliações dos valores dos créditos imobiliários das cooperativas, a diferença com as taxas dos bancos não será tão ampla já que essa linha é uma das mais baixas com uma média de taxa de juros de 7,3% e 8,5%.
Em palavras do presidente da Confederação, Kedson Macedo “Esse é mais um reconhecimento à capacidade que o setor tem de levar atendimento facilitado e de qualidade aos seus associados...” e propicia maior competitividade ao conjunto de soluções oferecidas no mercado em geral. O objetivo procurado pelo Banco Central com a nova regulamentação foi, precisamente, aumentar e melhorar as opções do consumidor na hora da compra da casa própria, levando em conta que o problema do déficit habitacional brasileiro atinge aproximadamente a 7,7 milhões de residências.
A oferta de empréstimos e financiamento por parte das cooperativas “de crédito” justamente não é uma novidade, já que o objetivo de este tipo de instituições financeiras é fomentar as atividades do cooperado (o associado) através da assistência creditícia, brindada exclusivamente a eles. O fato delas não visar fins de lucro favorece à concessão de empréstimos mais baratos. Além disso, o atendimento costuma ser mais personalizado o que faz com que os prazos e condições dos créditos possam se adaptar mais às características dos associados.
A outra novidade da Resolução n° 4.763 é que, para favorecer o processo, o BC autorizou à cooperativas a oferecer caderneta de poupança para os seus cooperados e assim captar os recursos necessários para fazer frente ao financiamento imobiliário.
Como aproveitar esses benefícios?
Quem estiver interessado em aproveitar este tipo de serviços financeiros, deverá fazer parte de uma cooperativa de crédito. Elas não exigem condições profissionais específicas, mesmo assim, algumas são direcionadas para certo setor (exemplo: funcionários públicos) e não brindaria boas ofertas para pessoas que não reunissem aquela característica. Afim de se incorporar a uma cooperativa é preciso o pagamento da taxa de associação chamada “capital de integralização” que geralmente supõe um valor baixo.
Finalmente é importante prestar atenção porque não todas as cooperativas de crédito poderão brindar acessibilidades financeiras para os imóveis. O Banco Central dispôs condições, limitando o serviço para as instituições que atendam a critérios mínimos de porte e categoria como um jeito de garantir a capacidade de estas cooperativas de suportar o financiamento. A clave e ficar informado e consultar por essa linha de empréstimos antes de se associar.
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Redação iBahia
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