A votação sobre o reajuste do piso salarial dos servidores municipais, realizada na última quinta-feira (22) no Centro de Cultura da Câmara de Vereadores de Salvador, foi marcada por confrontos, incluindo troca de insultos e agressões entre vereadores e manifestantes.

A sessão que deliberou sobre os reajustes no piso salarial dos servidores municipais terminou com a aprovação da proposta encaminhada pela Prefeitura de Salvador. O texto prevê aumentos salariais para todas as categorias do funcionalismo público municipal, incluindo os professores, que estão em greve há 17 dias.
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Desde o início da tarde, servidores se reuniram em frente ao Centro de Cultura da Câmara de Vereadores, na Praça São Tomé de Souza. A sessão foi realizada no auditório do espaço cultural, mas, segundo Ciclea Oliveira, dirigente da APLB-Sindicato, parte dos manifestantes foi impedida de entrar. Diante disso, alguns forçaram a entrada no local, o que provocou empurrões e resultou na quebra de uma porta de vidro.
Segundo o G1, a tentativa de invasão gerou tumulto e a polícia interveio utilizando spray de pimenta para conter os manifestantes. Barreiras foram colocadas em frente ao Centro de Cultura para evitar novas entradas forçadas.
Com a entrada dos manifestantes, o clima ficou tenso. Uma briga generalizada interrompeu a sessão, que teve de ser suspensa. Vídeos do momento mostram o vereador Sidninho (PP) tentando acalmar os presentes e pedindo tranquilidade. Durante sua fala, um manifestante tentou tomar o microfone, o que provocou nova confusão e empurrões entre ele e alguns vereadores.

A sessão foi retomada cerca de uma hora depois, em uma sala reservada. Com a abstenção da bancada de oposição, a maioria dos vereadores aprovou a proposta apresentada pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil).
A proposta aprovada prevê os seguintes reajustes:
- 9,25% de reajuste salarial para os professores de Nível 1/Referência A;
- 6,65% de reajuste salarial para os professores de Nível 1/Referência B;
- 6,27% de reajuste para o quadro suplementar do magistério público;
- e 4,83% de aumento para os outros servidores municipais.
O que pedem as categorias
Os servidores municipais reivindicam um reajuste salarial de 25%, além da implantação de um auxílio-alimentação. No caso dos professores da rede municipal, a principal exigência é o pagamento integral do piso salarial nacional. Segundo a APLB-Sindicato, esse valor está defasado em mais de 58%.
Em entrevista ao G1, o sindicato dos professores confirmou a continuidade da greve, afirmando que o reajuste aprovado não contempla as demandas da categoria. A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada na noite desta quinta-feira, logo após a aprovação da proposta pela Câmara de Vereadores.

Redação iBahia
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