A vacina contra o novo coronavírus Sputnik V, desenvolvida pelo instituto russo de pesquisa Gamaleya para a covid-19, teve 91,6% de eficácia contra a doença. Os dados preliminares foram baseados nos estudos com quase 20 mil voluntários e a pesquisa foi publicada na revista científica 'The Lancet', uma das mais conhecidas do mundo. A eficácia do imunizante contra os casos moderados e graves da doença foi de 100%. As informações são do G1.
De acordo com a publicação, a vacina também teve boa eficácia em idosos. Uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos demonstrou a eficácia de 91,8% neste grupo. O imunizante é a quarta a ter os resultados da pesquisa publicados em uma revista científica.
Os pesquisadores, assim como ocorreu com todas as outras vacinas, só mediram os casos sintomáticos da doença para calcular a eficácia do imunizante. Por este motivo, mais estudos são necessários para determinar a eficácia da vacina para impedir a transmissão do nov coronavírus.
"O resultado parece bastante razoável, dentro do esperado, e finalmente um pouco de transparência nos dados russos", avaliou o médico e virologista Maurício Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), em São Paulo, em entrevista ao G1.
A Sputnik V ainda não está sendo testada no Brasil, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando os pedidos de teste que podem ser realizados no país. Isto é determinante, pois uma vacina só pode ser liberada se foram realizado estudos iniciais com brasileiros.
Na semana passada, a União Química, empresa que já está fabricando a vacina russa no Brasil, a Anvisa tiveram uma reunião para falar sobre o imunizante.
Na segunda-feira (1º), a farmacêutico ficou de enviar uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que diz ter capacidade de entregar 150 milhões de doses da Sputnik V até o final de 2021.
Ainda de acordo com a União Química, a Rússia irá enviar 10 milhões doses assim que a Anvisa conceder o uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus.
O Governo da Bahia já tem um contrato de prioridade para recebimento de até 50 milhões de doses da vacina Sputnik V.
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Redação iBahia
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