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Google quer usar Waze para concorrer com o Uber

Empresa quer explorar serviço nos EUA e América Latina, diz executivo ao ‘WSJ’

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Redação iBahia

22/02/2017 às 19:01 • Atualizada em 31/08/2022 às 22:02 - há XX semanas
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Com o mercado de aplicativos de carona compartilhado aquecido, a Google quer aproveitar para pegar seu quinhão no segmento hoje explorado por empresas como Uber, Lyft e Cabify. Noam Bardin, diretor do Waze — aplicativo de trânsito da Google — disse, em entrevista ao “Wall Street Journal” que o objetivo é explorar o serviço em cidades americanas e da América Latina nos próximos meses.

Ao jornal, ele disse, ainda, que a companhia já testou o serviço de caronas compartilhadas em Israel e na área da Baía de San Francisco, e o experimento atendeu as expectativas da companhia. O “Wall Street Journal” destaca que o Waze demorou alguns anos para entrar nesse mercado de compartilhamento de carros por dois motivos: a empresa vê agora a nova oportunidade para lucrar com os milhões de usuários diários de seu aplicativo de trânsito; e lançar o serviço agora é mais fácil, já que outras companhias abriram caminho para isso, deixando as pessoas mais abertas a dividir um carro com desconhecidos.

Contudo, há uma diferença entre a forma como o Uber opera e a proposta do Waze. Em vez de se tornar uma espécie de aplicativo de transporte on demand, com algumas pessoas se dedicando exclusivamente a dirigir, transformando isso em uma profissão, a ideia do Waze Carpool é que os usuários de seu sistema de navegação transportem pessoas que estejam pelo caminho e indo para a mesma direção, explica o jornal americano.

CONVERSA COM PREFEITO DE SÃO PAULO

O grande desafio, segundo Bardin, é se o Waze vai conseguir persuadir uma “pessoa comum a caminho do trabalho” a pegar outra pessoa e deixá-la no destino combinado “de vez em quando”.

Um fator que pode atrair os passageiros é o preço. Uma viagem feita pelo “Wall Street Journal” em um Waze Carpool dos que estão sendo testados em San Francisco custou US$ 4,50, pouco mais do que uma passagem de metrô, que lá sai por US$ 3,45. O valor é, ainda, bem inferior ao dos concorrentes: no Uber, diz o “WSJ”, a mesma corrida sairia por US$ 10,57, e no Lyft, por US$ 12,40.

Por ora, o Waze ainda não cobra uma taxa dos motoristas. Porém, Bardin contou ao jornal que, se o serviço tiver sucesso, a empresa vai começar a cobrar 15% a mais de cada passageiro. Para termos de comparação, no caso do Uber, a companhia retém 25% do preço de cada viagem.

Bardin afirmou também que, para evitar questões regulatórias, como as enfrentadas por Uber e Lyft — vistos por muitos governos como concorrentes desleais dos táxis, já que não são regulados —, encontrou-se com João Doria, o prefeito de São Paulo, cidade onde o Waze Carpool pode chegar em breve.

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