Um hotel e um motel localizados na cidade de Ilhéus, sul da Bahia, foram notificados pela Embasa pelo furto de 1,1 milhão de litros de água. A descoberta foi feita por uma equipe da Embasa durante uma ação de combate às fraudes e ligações clandestinas. O volume de água desviado por mês era quantidade suficiente para abastecer 200 residências ou para encher a piscina olímpica da Arena Aquática de Salvador, na Pituba.
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Crimes contra o Patrimônio (DCCP). Os responsáveis serão multados e, após inquérito, podem ser condenados de um a quatro anos de prisão, como confirma o artigo 155 do Código Penal, que qualifica o furto de água como crime contra o patrimônio. Além disso, os estabelecimentos terão que pagar o volume de água desviado anteriormente ao flagrante.
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“A descoberta da ligação clandestina na zona norte foi possível com o geofonamento da área, ou seja, a identificação de vazamentos não-visíveis, aqueles em que a água não aflora à superfície e permanece embaixo da terra. O trabalho é feito à noite com a utilização de equipamentos mecânicos e eletrônicos que detectam ruídos”, explica Felipe Madureira, gerente da Embasa em Ilhéus.
Outros casos de ligação clandestina identificados pela Embasa
Ainda no último mês de março, com apoio da Polícia Civil, a Embasa identificou uma ligação clandestina numa adutora às margens da BR 415, trecho Ilhéus/Itabuna. A água desviada, num volume estimado de 4 mil metros cúbicos, abastecia algumas construções irregulares, além de envolver grandes riscos.
“A adutora é uma via expressa que conduz a água em grande volume e alta pressão e, no caso em questão, o vazamento da adutora, causado pela ligação clandestina, criou uma coluna de água mais de 21 metros de altura”, afirma Felipe.
Madureira também destaca que a ligação clandestina na adutora na BR 415 prejudicava diretamente o abastecimento de água na zona Oeste de Ilhéus, uma área de grande concentração populacional, abrangendo beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida, usuários do Hospital Regional Costa do Cacau, membros da comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e residentes de bairros adjacentes.
Isadora Gomes
Isadora Gomes
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