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Sociogeolocalização na Comunicação Organizacional: possibilidades e tendências foi o tema apresentado por Marcel Ayres (@marcelayres / www.marcelayres.com ), diretor de Planejamento da PaperCliQ – Comunicação e Estratégia Digital, no Circuito 4x1 em Salvador. O especialista diz que as tecnologias digitais fazem parte da nossa vida das mais diversas formas e isso vai reconfigurar a maneira como as pessoas interagem e vivem. “Para pensar em geolocalização é preciso entender o espaço urbano. Antes, o mapa era para encontrar algum local; hoje com o google maps, isso passa a orientar o desejo do ser humano”. Ele pontou as mais variadas formas de utilização de mapas, atualmente. Há, por exemplo, aplicativos para iphone capazes de medir a felicidade das pessoas de acordo com os locais onde habitam. Quando Obama foi eleito, a história dele foi contada através de um mapa, que mostrou sua trajetória, através do locais por onde passou desde que nasceu no Havaí até chegar à presidência dos Estados Unidos. Recentemente, a TV Globo usou um mapa para explicar e ilustrar os pontos de ataques de violência no Rio de Janeiro. “Isso ajuda as pessoas terem dimensão das coisas”, comentou.
Redes sociais - O mais comum é as pessoas se comunicarem, através de seus smartphones, indicando sua localização. Com a popularização do google maps, a partir de 2008, os celulares deixaram de ser apenas telefone. A possibilidade de acessar internet, gravar videos e estar nas redes sociais derrubou barreiras de tempo e espaço. As pessoas querem saber o que as outras estão fazendo e onde. Por isso, os sites de geolocalização estão cada vez mais em alta, desde 2009 para cá. Alguns dos mais usados pelo mundo são o Foursquare e Gowalla. No Brasil, o mais conhecido é o primeiro. O que motiva o uso dessas redes? De acordo com Marcel Ayres, participar do jogo, obter status na rede e junto aos amigos, fazer contatos, anúncios, pegar dicas e sugestões sobre locais, já que as pessoas deixam essas pistas sobre os locais que frequentam e o que acham deles. Outra grande razão é obter recompensas através de campanhas com prêmio e sorteios). Também é possível recuperar histórico para saber onde a pessoa estava, por exemplo, na semana passada. Nos dois casos, as redes utilizam o check in como principal maneira de indicar a localização no mapa, oferecem selinhos que mostram a performance do usuário e têm integração o facebook e o twitter. Para empresas, essas ferramentas, além da audiência da página, podem ser muito úteis para aplicar ações de marketing junto aos usuários, adequando o horário e o local para se dirigir diretamente ao público que se interessa pelo seu produto. Essas novas redes indicam não só o perfil, mas também os hábitos dos consumidores. Com isso, as marcas ganham mais uma vitrine para mostrar seus produtos. Mas o grande desafio é identificar se o público com o qual se quer falar está, de fato, usando as redes e quais delas, e, além disso, oferecer conteúdos relevantes.