Bruno Reis, candidato à Prefeitura de Salvador pelo União Brasil, foi entrevistado na manhã desta terça-feira (13) durante a sabatina da Central de Eleições da Rede Bahia. Ele afirmou que, se eleito, planeja abrir um novo centro de convenções no Centro Histórico e implementar corredores verdes na cidade.
Reis foi o segundo candidato entrevistado na série do g1, TV Bahia, iBahia e plataformas digitais da Bahia FM com os candidatos à prefeitura de Salvador. A ordem das entrevistas foi estabelecida através de sorteio. As sabatinas são realizadas ao vivo, entre 12 e 19 de agosto, às 9h30, com transmissão no iBahia e no g1 Bahia.
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Durante a sabatina, o prefeito de Salvador e candidato à reeleição revelou que um dos seus planos para revitalizar o Centro Histórico de Salvador é a construção de um centro de convenções com capacidade para quatro mil pessoas. O espaço será projetado para acolher grandes eventos, como feiras, seminários e congressos. A proposta é que o centro seja localizado entre o Palácio Rio Branco e a Prefeitura de Salvador, em uma área atualmente ocupada por uma subestação da Neoenergia Coelba, que seria relocada.
"A estimativa é que com esse novo centro de convenções possam ser realizados 80 grande eventos por ano na região. O objetivo é que o espaço também possa servir como para atender a Catedral. Isso vai lotar os hotéis do Centro Histórico, além de estimular a abertura de novos restaurantes e lojas", disse.
De acordo com o candidato, o projeto de revitalização do Centro Histórico inclui a instalação de novos hotéis em prédios históricos, como o Palácio do Rio Branco, na Praça Municipal, e a oferta de incentivos fiscais para a aquisição e renovação de casarões. Ele também destacou a inauguração de espaços culturais, como o Museu da Música, instalado em um antigo casarão, e a transferência de equipamentos públicos para a área do Comércio, ambas realizadas durante seu mandato.
Sobre a preservação de áreas verdes na cidade, o atual prefeito reconheceu que equilibrar o crescimento econômico com a sustentabilidade é um desafio, mas afirmou que Salvador é, atualmente, um exemplo na combinação desses aspectos. Como parte de seu plano de governo, Bruno Reis pretende criar corredores verdes em praças, avenidas e espaços públicos da capital baiana, inspirados em um projeto desenvolvido na cidade de Medellín, na Colômbia.
"A gente sabe que as grandes cidades costumam virar ilhas de calor devido aquecimento global. O projeto feito em Medellín mostrou que é possível diminuir o ruído do trânsito e melhorar a ventilação, por exemplo, gerando melhor qualidade de vida", explicou.
Sobre o transporte público, Bruno Reis negou que tenha ocorrido corte de linhas de ônibus durante seu mandato. Ele explicou que houve uma readequação das linhas para promover a integração com outros modais, como o metrô de Salvador e o BRT. Segundo o atual prefeito, essas integrações proporcionaram aos usuários um transporte mais rápido e confortável. Confira, abaixo, os principais pontos abordados pelo candidato.
A entrevista foi comandada pelos jornalistas Fernando Sodake (TV Bahia), Jade Coelho (g1 Bahia), Iamany Oliveira (iBahia) e Emmerson José (Bahia FM). Na quarta (14), será a vez de Giovani Damico (PCB); Eslane Paixão (UP), no dia 15/08; Geraldo Júnior (MDB), no dia 16/08; e Victor Marinho (PSTU), no dia 19/08.
Pinga fogo
No final da entrevista, o candidato se posicionou sobre questões como a redução da maioridade penal e o uso de câmeras nos uniformes dos policiais militares. Confira as respostas:
- Redução da maioridade penal pra 16 anos: a favor;
- Uso de câmeras no fardamento da Polícia Militar: a favor;
- Foro privilegiado para políticos: contra;
- Concessão ou privatização de empresas públicas: contra;
- Militares em cargos executivos: a favor;
- Cotas nas universidades públicas: a favor;
- Legalização da maconha: contra;
- Prisão da mulher em caso de aborto: contra;
- Adoção de crianças por casais homoafetivos: a favor.
Como foi a entrevista com Bruno Reis, candidato à Prefeitura de Salvador pelo União Brasil
Por que decidiu buscar a releição?
"Porque eu entendo que Salvador passou por longas dificuldades. Foi um árduo caminho para nós chegarmos até aqui. E nós não podemos recuar, voltar ao passado, retroceder (...). Eu também enfrentei a pior crise da minha geração, com certeza, talvez da humanidade, que foi a pandemia. Ficou marcado e demandou investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão para salvar vidas (...). Isso levou quase 2 anios do meu mandato. Depois que a pandemia passou, nossa gestão decolou. Estamos fazendo um conjunto de entregas nunca visto antes na história da cidade em todas as áreas. Temos grandes obras em curso que eu quero ter a certeza que serão concluídas. Salvador não tem uma Arena Multiuso. Demoliram o Balbininho. Nós estamos construindo outro, com capacidade para 12 mil pessoas. Salvador vai ter pela primeira vez em sua história uma maternidade, com Hospital da Criança, com UPA infantil (...). Nós estamos construindo um grande centro de controle de operações da Prefeitura, para que - em tempo real - poder enchergar a cidade toda (...). Eu tenho um conjunto de sonhos para poder realzar nessa cidade. Projetos maiores do que já entregamos até aqui, a exemplo do primeiro teleférico da Bahia, que será no Subúrbio, para ajudar resolver o problema da mobilidade. Eu também quero resolver o problema do transporte em Salvador (...). Quero, de uma vez por todas, promover a redenção do Centro Histórico (...).
Todos sabem qual é a minha história. Eu tenho muito orgulho da minha história de vida, pessoal. É uma história de superação, marcada por adversidades, por dificuldades, e por minha história política. São 25 anos de vida pública do mesmo lado, mantendo coerência política. E olhe que nós perdemos tudo. Minha primeira eleição de deputado estadual em 2010 era contra prefeitura municipal, contra o governo estadual, contra o governo federal. Mantive a minha posição política e me elegi. Fui por duas vezes deputado destaque na assembleia. Fazendo oposição responsável, coerente. Vocês nunca me viram xingando ninguém, nunca me viram falando de ninguém, mas sempre defendendo o que eu achava correto (...). O povo de Salvador me conhece. Viu esse prefeito governar essa cidade nas ruas, conversando, dialogando. (...) Porque muitos achavam que eu não ia performar, muitos achavam que seria impossível fazer um trabalho até melhor do que o que ACM Neto fez, e o que mais incomoda os nossos adversários é minha história de vida, minha posição política, o resultado de uma gestão que é amplamente aprovada pela população de Salvador (...). Esse trabalho me leva a ser entre os prefeitos das capitais do Brasil o que tem a melhor avaliação."
Relação com Geraldo Júnior
"É a vida. Geraldo Júnior dizia que eu era o conselheiro da vida dele. Dizia que ACM Neto era um irmão, que eles se comunicavam pelo olhar. Dizia que João Henrique era um pai, que deu tudo na vida dele. Dizia que era amigo dos filhos de Bolsonaro. Agora é liderado de Lula e de Jerônimo, a quem publicamente enaltece e faz elogios. Uma das principais diferenças, que são muitas em relação ao candidato Geraldo. Infelizmente, ele mudou de lado. O que antes ele aplaudia, elogiava - até porque participou das transformações, foram 10 anos contribuindo como secretário, como presidente da Câmara, agora ele só faz criticar porque é conveniente pra ele do ponto de vista político. Mas ele é assim. Quem o conhece sabe, e a população vai ter oportunidade de conhecer agora ele como candidato."
Taxa de escolarização
"Das minhas 54 promessas de campanha, as que não foram cumpridas estão em fase de cumprimento. Por exemplo, está entre as que não foram cumpridas os viadutos direcional do Shopping da Bahia e do Detran, em plena construção. Está o BRS, que a gente já implantou o trecho do Rio Vermelho. Está uma grande escola para crianças com espectro do autismo, em parceria com a AMA, que já está 90% concluída. E está a taxa de escolarização. Não sei se você viu hoje saiu uma pesquisa do Instituto Todos Pela Educação, que coloca a educação infantil de Salvador acima da média nacional. A média de 40% e nós já estamos com 45%. Já entreguei 28 grandes unidades educacionais e tenho mais 24 em construção. Nós vamos entregar 52 grandes novas escolas, sejam centros municipais de educação infantil, sejam escolas pro ensino fundamental. É o maior número da história da cidade. Nunca se investiu tanto na ampliação de vagas. Pra vocês terem uma ideia, esse prefeito aqui contratou 30% dos professores da nossa rede em apenas 3,5 anos. Com a entrega dessas escolas, nós vamos aumentar em 40% a nossa oferta de educação na cidade de Salvador. Para que chegar ao que estabelece o Plano Nacional de Educação, que é 50%, faltam 9%.
Com o programa Pé na Escola, que nós contratamos a vaga na creche particular, para que o filho do pobre possa estudar ao lado do filho do rico; com as creches parceiras, comunitárias, que fazem parte da nossa rede (...). Com a entrega dessas outras 24 unidades, nós vamos chegar no início do ano que vem bem próximo de cumprir essa meta, que fizemos quando a pandemia ainda estava chegando (...). Essa meta de escolarização de creche será cumprida, mas hoje o grande desafio da nossa educação é resolver o problema do déficit de aprendizado. Com 3 anos de aprovação automática e, diferente do Estado, que fez pelo 4º ano consecutivo, nós resolvemos enfrentar o problema (...).
Se espalharam por nossa rede os alunos que não tiveram oportunidade de aprender a ler e escrever no ano correto, que não dominam as quatro operações (somar, subtrair, multiplicar e dividir) e que nós estamos nesse momento com dois programas: temos 700 estagiários nas salas de aula, e a gente identifica quais são as deficiências de cada criança (...); e estamos com o programa Aprender Mais, nos sábados, para que a gente possa garantir a alfabetização dessas crianças. Esse conjunto de programas - incluindo alfabetização no tempo certo, dominar a própria língua e ser inserida no mundo digital, a gente está preparando as nossas crianças para o futuro que nós queremos."
Escola para crianças transtorno do espectro autista
"Nós temos hoje na nossa rede 8 mil crianças com algum tipo de necessidade especial. Do ano passado para esse ano, aumentou 3 mil. Isso demandou a necessidade de contratação de mais 1,2 mil agentes de desenvolvimento infantil (ADI). De construção de salas para atender as crianças com necessidades especiais. Temos quase uma ADI para duas crianças (...). Nós oferecemos a aula regular. No contraturno, as crianças irão para essa escola. Então ela estudará de manhã na escola convencional, como tem que ser, para desenvolver as habilidades. E a tarde ela terá como se fosse um reforço escolar. Terá uma série de atividades, inclusive com piscina. Então quem estuda de manhã, pela tarde vai para essa escola em parceria com a AMA. Quem estuda à tarde, pela manhã vai. É um complemento. Como se fosse uma aula em tempo integral para as crianças com deficiência."
Qual foi o baque da pandemia em Salvador? Você tem uma ideia de quanto tempo demoraremos para recuperar isso?
"A pandemia deixou sequelas em diversas áreas. Se a gente foi pra saúde, você tem uma demanda reprimida de consultas especializadas, de exames e de cirurgias eletivas que as pessoas não podiam fazer na pandemia por conta das necessidades de isolamento social. Isso gerou um aumento da fila. Se a gente for para economia, as famílias empobreceram, as famílias perderam emprego. Se a gente for pro campo da área social, houve um aumento significativo em todo Brasil da quantidade de pessoas em situação de rua. Óbvio que a maior consequência da pandemia foi a perda de entes queridos, de familiares, de amigos, isso é irreparável.
Mas de entre as consequências e mazelas deixadas pela pandemia a pior para a cidade hoje foi na educação. Porque, ainda mais na nossa rede onde as crianças têm mais dificuldade de compreender e aprender na aula virtual, por mais que nós tivéssemos criado conteúdo digital, (...) a gente sabe, quem tem filho pequeno, a dificuldade que é pra criança. Se espalharam por nossa rede, imagine, a criança que estava com a oporunidade de se alfabetizar no primeiro ano, ela foi pro quarto ano sem saber ler e escrever. Como é que você vai absorver o conteúdo do quarto ano se você não sabe ler e escrever? Então esse é o principal desafio da educação (...).
Pra isso, nós tivemos que investir em tecnologia, então nós temos as avaliações, tanto do Prosa quanto do Saeb, que você vê precisamente através de descritores a habilidade que a criança não tem ou que está faltando, ou que ela está deficitária (...). Isso vai demorar um tempo. O desafio hoje é não deixar nenhuma criança sair do 1º e 2º ano sem que esteja alfabetizada e corrigir esse déficit de aprendizado que há na rede para aí sim a criança ler e escrever (...). A gente tem feito um esforço grande, um investimento expressivo. Esse ano nós vamos investir R$ 2,7 bilhões na educação - é o maior orçamento da história da cidade (...). O objetivo e a estratégia é que a criança se sinta melhor na escola do que até que na sua própria casa. E assim ela tem até a vontade de ir pra escola (...)."
Mobilidade urbana e cortes de linhas de ônibus
"Com a chegada do metrô, com a chegada das novas estações, foi até uma exigência do Governo do Estado que não existisse linhas concorrentes com o metrô. Ou seja, não faz sentido você ter no mesmo trajeto que está passando o metrô o ônibus. Até pra melhorar a mobilidade. Então a chege fez a integração, que é a readeaquação das linhas, integrando ao metrô. O que houve para ajuste do sistema foi a partir da chegada de um novo modal. Como vai chegar o VLT - espero que chegue. Como vai chegar o teleférico. E nós vamos ter que fazer novas adequações.
O sistema de transporte de pneu está falido no Brasil. Hoje, a receita da tarifa que é paga, que eu já disse e repito aqui, é um valor alto por um serviço que não é de qualidade. Essa receita não custeia mais o sistema. Hoje, a Prefeitura está completando por cada passageiro R$ 0,32, coisa que nunca fez antes na história dessa cidade, que é fazendo o subsídio (...). E aí prefeito? Qual a solução? A solução é você ter um sistema integrado, é a chegada de novos modais, a partir dos avanços da tecnologia. Então o sistema complementar, que é o amarelinho (Stec), ele tem que tirar os passageiros dos bairros e levar para as vias. O sistema convencional de ônibus, e aí já entrando em qual é a solução, vai alimentar os outros modais - metrô, VLT, BRT, BRS e teleférico. Essa frota aqui precisa ter 100% de ar-condicionado. Hoje, já chegaram mais 18 ônibus que nós vamos entregar. Com a chegada do restante que falta, agora no mês de setembro a gente chega a 44% da frota com ar-condicionado. A Prefeitura está comprando, nos próximos anos, ao invés de fazer o subsídio em dinheiro, nós vamos fazer o subsídio em equipamentos (...). Estamos comprando 300 novos ônibus com ar-condicionado. Nós vamos chegar, com isso, a 60% da frota com ar-condicionado no início do ano que vem. Hoje, a única obração das empresas com a cidade é renovar 10% da frota com ar-condicionado. A gente isentou o ISS, isentou taxa sal, extinguimos a otorga que tinha que ser paga pela consessão diante da crise do transporte público. Porque essa crise, prefeito? Já vinha ruim desde 2003, com a pandemia houve uma queda expressiva de passageiros. As pessoas também mudaram seus hábitos. Tem a chegada do teletrabalho, tem a educação a distância. E tem o aumento expressivo dos insumos. Pneu aumento, ônibus aumento, o combustível da Bahia infelizmente é o mais caro do Brasil. É o único estado do Brasil que não dá 1% de desconto no ICMS (...). O sistema convencional vai chegar ao final do meu mandato com 100% da frota com ar-condicionado (...).
Os modais todos, sete modais, funcionando de forma integrada, nós vamos resolver o problema de transporte público dessa cidade. Me preparei pra isso, estudei pra isso, conheço no detalhe. Assumi a gestão com o sistema sobre intervenção, demos a solução, temos muito a avançar. Defendo o subsídio federal. Defendo a isenção do PIS e Confins para reduzir os impostos que incidem sobre transporte público. Zerar o ICMS do governo do estado. Defendo linhas de crédito para a aquisição de ônibus elétricos (...). Estamos comprando mais 77 ônibus e vamos chegar a 85 ônibus elétricos. Só vamos ficar atrás na frota de São Paulo. As bases estão montadas. Estou preparado e é um compromisso que assumo com você: a gente ter um dos transportes públicos mais modernos do Brasil e eficientes do Brasil.
Há uma necessidade de mudança de cultura. O que falta a nossos adversários é a honestidade de chegar e admitir aqui de que todas essas alterações, essas adequações nas linhas é por conta da exigência de um contrato-programa que foi assinado antes mesmo da implantação do metrô, que é necessário. E quando o VLT chegar, quando o teleférico chegar, quando o BRT e o BRS avançarem ainda mais, terão que ser readequadas. Pra otimizar o sistema e o cidadão ter a vantagem da qualidade (...). Não houve corte de linhas. Houve readequação das linhas (...).
Há possibilidade de novas rotas e linhas?
Nós, quando fazemos esses ajustes, vamos avaliando. Temos um BI, que adiquirimos, que a gente vê o fluxo dos passageiros, e a demanda em determinados horários de pico. E a gente alimenta os ônibus, chegando mais ônibus. Algumas linhas, principalmente aquelas, que no horário de pico você tem um volume maior de passageiros, nós estamos alimentando com esses novos ônibus. E eventualmente (...) esses ajustes vão sendo feitos a medida que a gente vai identificando que há ajustes (...).
Banheiros públicos na orla
Nós estamos chegando a 64 km de orla requalificada em nossa cidade (...). Com isso a gente requalifica a nossa orla que a maior do Brasil. Nós estamos com um novo formato de concessão (...). Vamos fazer uma nova concessão que traz esses banheiros. Porque no final do dia a dificuldade é a manutenção desses banheiros. Em alguns trechos a gente tem banheiros químicos, porque a manutenção é mais fácil que construir esses banheiros espalhados por toda orla. Essa nova concessão dando certo, a nossa ideia é ampliar para toda cidade e resolver o problema dos banheiros. A orla está ficando linda.
Implementação de câmeras corporais no fardamento da Guarda Municipal
"Vamos implementar no início do ano que vem. Nós já abrimos os processos internos de aquisição para a compra dessas câmeras (...). A responsabilidade será do fornecedor das câmeras de fazer o treinamento dos profissionais que vão atuar com esses equipamentos."
Guarda Municipal mais armada. Você acredita que essa é a forma mais eficaz de oferecer segurança para a população?
"Quem pode responder melhor essa pergunta é o Governo do Estado. O prefeito não tem atribuição e competência. Não sou em que comando a Polícia Militar (PM-BA) nem a Polícia Civil (PC) (...). A Guarda Municipal faz, inclusive além das nossas atribuições, como no Centro Histórico, nós tomamos a decisão de assumir a segurança daquela área depois de episódios lamentáveis com turistas, tomamos a decisão de praticamente assumir a segurança do Centro Histórico. (...) Estamos nesse momento elaborando o Plano Municipal de Segurança que vai fazer um estudo, uma radiografia real, de toda a situação da segurança na cidade e vai trazer uma série de sugestões de outras ações que a Prefeitura pode atuar, indo além das suas atribuições, para trazer segurança para a população.
Acho que tem que ir para o enfrentamento com as facções, quem tem que combater o tráfico, é a Polícia Militar, que é quem tem efetivo e know-how, expertise, pra isso. O que a Guarda Municipal faz, é - principalmente depois que a Polícia Militar e depois a Polícia Civil, que vêm com a inteligência - garantir segurança na área. É garantir que os serviços públicos funcionem (...). Tem uma função muito mais preventiva do que reativa. Tem que ser feita a integração, dialogando (...)."
Revitalização do Centro Histórico de Salvador
"A Prefeitura já investiu R$ 1 bilhão no Centro Histórico da cidade (...). Inclusive, com equipamentos culturais para atrair o soteropolitano, para que ele volte a desejar o Centro Histórico. E para receber milhares de visitantes e turistas na nossa cidade. São diversas intervenções (...).
O principal desafio é a gente ocupar o Centro. Temos dois projetos importantes para o Centro (...) O primeiro envolve projeto habitacional. fFazer o retrofit daqueles casarões para acomodar e acolher aquelas pessoas que moram ali em situação precária e em situação de rua (...). Nós temos um programa, o Renova Centro, de incentivos fiscais (...).
O centro de convenções vai ser a redenção do Centro Histórico. A estimativa é que com esse novo centro de convenções possam ser realizados 80 grande eventos por ano na região. O objetivo é que o espaço também possa servir como para atender a Catedral. Isso vai lotar os hotéis do Centro Histórico, além de estimular a abertura de novos restaurantes e lojas. Esse equipamento, somado ao habitacional, vai apresentar a redenção do Centro Histórico."
Áreas verdes em Salvador
"Recentemente, saiu um estudo que colocou a primeira cidade do Brasil com menor emissão de gases CO2 que impactam no efeito estufa. Nós fizemos o terceiro inventário de emissão de gases do efeito estufa na nossa cidade (...) Nós fomos premiados ano passado pela ONU - recebemos o selo de cidade sustentável. O grande desafio é você consciliar crescimento, desenvolvimento econômico, com sustentabilidade, com preservação do meio ambiente. E hoje Salvador é uma referência no mundo nessa área (...). São tantas iniciativas, desde a criação de uma secretaria de resiliência e sustentabilidade, a medidas como proibição das sacolas plásticas no mercado, os canudos plásticos nos bares e restaurantes, os copos plásticos na Prefeitura, a utilização de etanol no lugar da gasolina (...). Essa é uma necessidade urgente.
Trago no meu projeto de governo dois grandes projetos especiais: um é a renaturalização do Rio Camarajipe e o outro projeto importante é corredores verdes. Implantar nos espaços públicos árvores (...). A gente sabe que as grandes cidades costumam virar ilhas de calor devido aquecimento global. O projeto feito em Medellín mostrou que é possível diminuir o ruído do trânsito e melhorar a ventilação, por exemplo, gerando melhor qualidade de vida."
Redação iBahia
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