O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e levantou polêmica, durante um discurso realizado na cidade de Feira de Santana, na Bahia, na segunda-feira (1º).
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Sem citar o nome do economista, que foi indicado por Jair Bolsonaro quando estava na presidência, Lula afirmou que não precisa "prestar contas" a setores do mercado e nem a quem classificou como "ricaços".
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"Não tenho que prestar contas a nenhum ricaço nesse país, a nenhum banqueiro. Eu tenho que prestar contas ao povo pobre e trabalhador, que precisa que a gente tenha cuidado e cuide deles".
Na fala, o presidente também reafirmou que não vai cortar gastos de políticas sociais e que pretende defender investimentos na educação, para não investir no sistema prisional.
"O mercado, o tal do mercado, que nos critica todo dia, dizia: 'O Lula tá gastando dinheiro, pra que gastar dinheiro com o Pé de Meia, pagar dinheiro pra menino estudar?' Prefiro pagar pra estudar do que gastar pra colocar na cadeia quando eles não aprenderem uma profissão".
Lula ainda afirmou que a educação não é uma prioridade para a elite brasileira. "Pra ela [a elite], trabalhadores têm que trabalhar. Quem tem que estudar são eles, que mandam os filhos deles pra Londres, pra Harvard, pra Chicago, pra Paris, e o nosso filho fica analfabeto aqui, tendo que trabalhar a partir dos 14 anos".
Lula levanta polêmica contra Campos Neto
O discurso na Bahia reforça críticas feitas nos últimos ao mercado e a Campo Neto. Lula questiona a alta da taxa básica, já que, segundo ele, a inflação está controlada.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central manteve os juros em 10,5%, interrompendo um ciclo quedas
Antes da fala no evento, o presidente também mencionou Campos Neto em uma entrevista à Rádio Princesa, de Feira de Santana.
"Estou há dois anos com um presidente do Banco Central [indicado] do Bolsonaro, não é correto isso", afirmou. "O que não dá é para o cidadão ter um mandato e ser mais importante do que o presidente da República. De qualquer forma, também não faço disso uma questão ideológica. Foi indicado um cidadão pelo governo passado, tenho que, com muita paciência, esperar a hora de indicar um novo candidato".
Redação iBahia
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