Se comparada a outros órgãos, a tireoide não é das maiores. Mas sua importância na garantia do equilíbrio do organismo é enorme. A glândula, que fica na parte anterior do pescoço, é responsável por regular nosso metabolismo. Quando não funciona da forma correta, libera hormônios em quantidade insuficiente ou em excesso. Nesses casos, causam hipotireoidismo e hipertireoidismo, respectivamente. As alterações impactam a saúde física e emocional.
— A tireoide funciona a partir do estímulo da hipófise, capta o iodo que ingerimos e forma dois hormônios, T3 e T4. Age no sono, no ritmo do intestino, na fertilidade, no crescimento. Qualquer disfunção nela repercute em todo o organismo — explica o endocrinologista Pedro Assed, Pesquisador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares -GOTA-PUC-Rio-IEDE.
Em geral, os distúrbios da tireoide são causados por doenças autoimunes e têm fundo genético — quem tem o problema na família tem maior chance de desenvolvê-lo.
A endocrinologista Denise Momesso lembra que é comum confundir os sintomas dos distúrbios com outras doenças. Então, ao perceber um dos sinais, como ganho ou perda de peso significativo, é preciso procurar um médico:
— O diagnóstico é fácil, a partir de exame de sangue. No idoso, deve-se suspeitar quando tiver perda de memória, já que é causa de demência, mas reversível com tratamento simples — afirma Denise, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
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Diferenças
Os distúrbios atingem mais as mulheres adultas, mas podem ocorrer em qualquer gênero ou idade. No hipotireoidismo, o mais comum, os sintomas são decorrentes de um metabolismo trabalhando lentamente pela queda da produção dos hormônios T3 e T4. Já no hipertireoidismo, menos frequente, os sinais são por conta do aceleramento no funcionamento do organismo.
Como evitar
Recomenda-se alimentação equilibrada, com ingestão adequada de iodo (presente no sal de cozinha e em frutos do mar) e de alimentos com selênio, como castanhas. A exposição desnecessária a radiação é fundamental.
Danos e tratamento
Podem gerar complicações cardiovasculares e quadros psiquiátricos. Para tratar o hipotireoidismo é feita reposição hormonal. No hiper, medicação para estabilizar a produção de hormônios.
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Redação iBahia
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