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Câncer que matou Marcelo Rezende é difícil de diagnosticar

Sintomas inexpressivos são são as maiores causas de ele ser descoberto já em estágio avançado

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Redação iBahia

19/09/2017 às 9:16 • Atualizada em 30/08/2022 às 1:33 - há XX semanas
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Foto: Divulgação
O diagnóstico tardio e o comportamento devastador são duas das principais características do câncer no pâncreas, doença que matou, somada a tumores no fígado, o jornalista Marcelo Rezende, no último sábado. Os sintomas inexpressivos desse tipo de câncer são as maiores causas de ele ser descoberto já em estágio avançado.

— Se o tumor está localizado na cabeça do pâncreas, a doença normalmente se manifesta por icterícia, caracterizado por aquele amarelado nos olhos, com alteração na coloração da urina e das fezes, e coceira no corpo — aponta o médico Roberto de Almeida Gil, oncologista clínico da Oncoclínica, que completa: — Outros sinais da doença, quando ela se instala no corpo e na calda do pâncreas, são as dores na barriga e nas costas. Além disso, os pacientes apresentam emagrecimento muito rápido e até mesmo uma diabetes que surge de uma hora para a outra.

Assim como em outros casos de câncer, o diagnóstico precoce é sempre o ideal para se realizar o tratamento. É por conta da dificuldade de descobrir a doença cedo, que sua taxa de mortalidade é tão alta. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença, no Brasil.

Exame de sangue pode detectar

Por conta da localização “escondida” do pâncreas, que fica atrás de órgãos como o estômago, o diagnóstico da doença pode se dar por exames de sangue e imagem. Mas, a biópsia do tecido do órgão é o que determina a doença e sua gravidade.

— Para se pensar em cura, o ideal é que o paciente faça a cirurgia. Mas nas pessoas com a doença em estágio mais avançado é preciso quimioterapia — explica Frederico Muller, oncologista clínico do Hospital Fundação do Câncer.

Segundo o oncologista do Inca Cristiano Guedes Duque, nem sempre a cirurgia é o suficiente para a cura.

— Quando é possível realizar a cirurgia, é muito comum o câncer reaparecer.

Fatores de risco

Tabagismo: Quem faz uso do cigarro e seus derivados tem três vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas do que os não fumantes.

Excesso de bebidas alcoólicas: O consumo exagerado de álcool pode gerar uma inflamação no pâncreas, que pode evoluir para uma pancreatite e, depois, um câncer de pâncreas.

Má alimentação: O consumo em excesso de alimentos gordurosos, enlatados, altamente processados danificam o pâncreas.

Doenças crônicas: Pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes melitus, submetidas a cirurgias de úlcera no estômago ou no duodeno, que sofreram retirada da vesícula biliar, bem como com histórico familiar de câncer têm mais chances de desenvolver a doença

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