Grande aliado da vida moderna e usado para resolver diversos problemas, o celular também pode ser um foco de contaminação. Isso foi comprovado por um estudo realizado pela faculdade DeVry Metrocamp, em Campinas (SP), que encontrou, em apenas um dos aparelhos recolhidos para o estudo, mais de 23 mil bactérias.
— Avaliamos o aparelho e a capinha. Aquelas que cobrem o smartphone, nas quais é possível colocar dinheiro e cartão de crédito, foram as que tinham o maior nível de contaminação. As bactérias apareciam tanto no aparelho quanto na capa — conta a biomédica e doutora em ciências de alimentos Rosana Siqueira, orientadora da pesquisa realizada pela aluna Claudia Tonetti.
Dentre os micro-organismos encontrados estão aqueles capazes de causar doenças como conjuntivite, intoxicação alimentar e até infecção urinária. O Staphylococcus aureus, que pode provocar pneumonia, foi o micro-organismo predominante, presente em 43% dos objetos analisados. No entanto, outros, tão importantes quanto, também foram encontrados, como Escherichia coli (coliformes fecais), Klebsiella pneumoniae (a superbactéria), além de bolores e leveduras.
— A falta de higienização das mãos dos usuários e o costume de emprestar para outros aumentam o risco de contaminação — diz a professora.
Para quem está com o sistema imunológico fortalecido, os fungos e bactérias presentes nos aparelhos podem não provocar reação alguma. Mas é preciso tomar cuidado com as crianças.
— Os pais estão dando celulares para crianças menores de 1 ano. Elas não têm percepção de higiene e costumam levar tudo a boca, atém mesmo o aparelho. Com o sistema imunológico mais fraco, elas correm mais risco de ficarem doentes — explica Rosana.
A pesquisa analisou 20 celulares, cinco tablets e suas respectivas capinhas de proteção, além de 12 teclados e seus mouses.
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Redação iBahia
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