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SAÚDE

Diabetes: entenda as diferenças entre o tipo 1 e tipo 2 da doença

Doença atinge 16,5 milhões de brasileiros, de acordo com último levantamento da Federação Internacional de Diabetes

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Redação iBahia

14/11/2020 às 14:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 16:42 - há XX semanas
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AVC, problemas cardíacos, acometimento dos rins, cegueira e amputação. Essas podem ser algumas complicações decorrentes do diabetes, doença que atinge 16,5 milhões de brasileiros, de acordo com último levantamento da Federação Internacional de Diabetes, divulgado em 2019. Neste sábado (14), é comemorado o Dia Mundial do combate a essa doença e a data representa uma oportunidade para conscientizar a população. Principalmente, porque ainda existem muitas pessoas que vivem com o problema e não sabem.

Quem faz o alerta é a professora do curso de Medicina da Unime Lauro de Freitas, Caroline Bulcão. “Muitas vezes, a pessoa nem suspeita, acaba tendo um diagnóstico tardio e isso aumenta o risco para o desenvolvimento de complicações”, afirma. A especialista explica as diferenças entre o tipo 1 e o tipo 2 da doença.


Entendas as diferenças entre o tipo 1 e o tipo 2 da doença

No diabetes tipo 1, o organismo para completamente de produzir insulina. “Isso acontece porque anticorpos são produzidos e atacam órgãos do nosso próprio corpo, como o pâncreas, afetando assim a produção de um hormônio chamado insulina que é o responsável por manter níveis normais de açúcar no sangue”, explica Caroline.

Este tipo geralmente acomete crianças e adultos jovens, sendo necessário tomar injeções diárias de insulina. Por ser uma doença autoimune, não pode ser prevenida, mas a professora afirma que um controle adequado dessa doença é totalmente possível com uma boa orientação e estilo de vida saudável.

Já no diabetes tipo 2, a especialista destaca que o pâncreas produz uma certa quantidade do hormônio, mas as células não respondem como deveriam, criando uma situação que é chamada de resistência à insulina. “Por conta disso e pela dificuldade para produzir uma quantidade extra do hormônio, ocorre o acúmulo de glicose na corrente sanguínea e nos tecidos do corpo”, pontua.

Este tipo é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sobrepeso, obesidade ou histórico de pessoas na família com diabetes e pode ser prevenido. Para isso, é necessário manter um estilo de vida saudável, que inclui dieta equilibrada, prática de atividade física e acompanhamento médico regular.

Em relação à alimentação, a especialista ensina que é melhor optar por alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, feijão e grãos integrais, com baixo teor de carboidratos simples e gorduras saturadas. Já os exercícios ajudam a perder quilinhos extras, diminuir os níveis de glicemia no sangue e aumentar a sensibilidade à insulina.


Tenho diabetes, e agora?
A professora da Unime afirma que é possível manter a doença sob controle. Para tanto, serão necessários os mesmos cuidados em relação à alimentação e prática de exercício, combinados ao uso correto das medicações prescritas.

“Quem vive com diabetes deve atentar também para o rastreamento de complicações graves da doença, fazendo exames oculares, renais, dos pés e cardiológicos, quando indicados pelos profissionais de saúde”, alerta.

Segundo Caroline, deve fazer parte da rotina também o monitoramento constante dos níveis glicêmicos, através de exames de sangue, glicemia capilar ou uso de sensores de glicose.

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