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Doença causada por uso de cigarro eletrônico mata mulher na Bahia

Evali causa lesão pulmonar grave. Médico alerta para aumento de incidência da doença

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Mari Leal

21/12/2023 às 10:37 - há XX semanas
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Uma mulher de 34 anos, da cidade de Juazeiro, no norte da Bahia, morreu em decorrência de uma grave lesão pulmonar causada pelo uso de cigarro eletrônico (vape). A doença é identificada como Evali, uma sigla. A história foi contada pelo Profissional Repórter, programa semanal da TV Global.


				
					Doença causada por uso de cigarro eletrônico mata mulher na Bahia
Evali causa lesão pulmonar grave. Médico alerta para aumento de incidência da doença. Reprodução/Ilustrativa

A doença que matou Crisleide causou quase 13 mil internações e 68 mortes nos Estados Unidos entre os anos de 2019 e 2020.

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“Logo no início, a gente fez uma endoscopia pulmonar e lá no pulmão dela, eu consegui tirar um pouco de secreção e biopsiar. Os fragmentos tinham muitas células cheias de gordura, como as causas de biopsia lá nos Estados Unidos em 2019”, explica o médico David Coelho, que fez o diagnóstico.

O irmão de Crisleide, Cícero Tavares, contou que ela usou o cigarro por pouco mais de três meses e esporadicamente. “Acho que há uns três anos, o povo tinha essa curiosidade e começaram a usar um pouquinho, mas usava. Só quando tinha um churrasco no final de semana. Nunca fumou cigarro, não”, conta.

Crisleide passou a reclamar bastante de cansaço, mas teve dificuldade para chegar a um diagnóstico. Cícero lembra que 15 dias antes da morte da irmã, o cansaço só piorava, até que Crisleide procurou a emergência do hospital e foi internada na UTI.

“Tem aromatizantes como de acetil que causa bronquiolite muito grave. Você tem zinco, chumbo. Isso a gente sabe que dá doença pulmonar em outras situações, porque não daria no cigarro eletrônico?”, questiona o médico.

O médico epinomologista que fez o diagnóstico de Crisleide destaca ainda porque acredita que a regulamentação do cigarro eletrônico representa um "perigo".

“É extremamente perigoso. Eu acho que a gente tem dados suficientes de que essa inflamação é uma coisa imediata, pode acontecer de forma abrupta como a Evali, mas outras doenças de longo prazo, provavelmente, vão acontecer e a gente vai ter esse problema mais para frente".

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