icone de busca
iBahia Portal de notícias
SAÚDE

'Doença do beijo': entenda os riscos da pegação durante as festas

Muitos doenças têm a boca como porta de entrada, um exemplo é a mononucleose

foto autor

Redação iBahia

11/01/2019 às 21:31 • Atualizada em 27/08/2022 às 8:23 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News

Ensaios, lavagens, festas de largo e o carnaval. A folia está garantida no verão de Salvador, mas é preciso ter cuidado com a paquera. Muitos doenças têm a boca como porta de entrada, um exemplo é a mononucleose, também conhecida como "doença do beijo".

De acordo com o infectologista Celso Granato, do grupo Fleury, é preciso de higiene e bom senso para curtir as festas. “Os beijoqueiros devem ser cautelosos. Caso possuam feridas ou qualquer tipo de sangramento na boca é melhor não beijar ninguém ou, pelo menos, evitar beijar muitas pessoas”, alerta Granato.
Foto: reprodução / Freepik
A doença do beijo é a infecção mais comum de contrair no beijo. “Mais de 90% da população adulta possui anticorpos contra o agente que provoca essa infecção. Isso significa que em algum momento da vida o indivíduo entrou em contato com esse vírus, mesmo que não tenha desenvolvido nenhum quadro clínico característico”, afirma o especialista.
O infectologista explicou as dúvidas mais frequentes sobre a doença. Confira:
Como é desenvolvida a mononucleose infecciosa?
É uma doença causada por um vírus. Após adquirir, a pessoa nunca mais se livra completamente do vírus. Ele fica “morando” na garganta ou nas amígdalas do indivíduo que, periodicamente, o elimina na saliva. E caso você entre em contato com uma pessoa que o está eliminando, ainda que não esteja doente naquele momento, poderá adquirir a infecção se ainda não a teve.

A "doença do beijo" pode aparecer em crianças pequenas,ao entrar em contato com uma gotícula da saliva do adulto ou de outra criança que esteja em fase de transmissão do vírus.

Quais são seus principais sintomas?

Adolescentes e adultos jovens, na faixa de 15 a 25 anos, costumam apresentar sintomas como febre, dor de garganta e aumento de linfonodos – popularmente conhecidos como gânglios ou ínguas – na região do pescoço. Podem aparecer também manchas vermelhas pelo corpo, além de aumento do fígado e do baço. Os sintomas podem durar de duas a três semanas. Nos mais jovens, as manifestações são mais leves, enquanto nos mais velhos costumam ser mais intensas.

Como é o tratamento?

Não existe um remédio específico para mononucleose. Portanto, são tratados apenas os sintomas. É indicado o repouso, porque o indivíduo sente fadiga e indisposição. O repouso é fundamental nos casos em que ocorre grande aumento do baço porque, em situações extremas, como, por exemplo, de uma batida, ele pode se romper.

Há outras doenças relacionadas ao contato íntimo, beijo ou compartilhamento de utensílios contaminados?

Sim. Outra infecção relacionada a tais fatores é o herpes, causado por um vírus da mesma família do agente da mononucleose. O vírus da herpes simples Tipo 1 também persiste por toda a vida das pessoas que já tiveram a infecção e, além disso, a cada cinco dessas pessoas, uma vai apresentar lesões de herpes de forma recorrente. Embora a infecção não seja grave, são lesões dolorosas que podem voltar a se manifestar inúmeras vezes e que podem acometer outras regiões do corpo.

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

Redação iBahia

AUTOR

Redação iBahia

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Saúde