Apesar de essencial para detectar e prevenir uma série de doenças, o exame preventivo feito no ginecologista, o Papanicolau, pode não ser o mais eficiente para identificar casos graves do papilomavírus humano, o HPV, responsável pelo câncer do colo do útero. O estudo “Athena”, feito por pesquisadores americanos, mostra que outro exame, o teste do DNA do HPV, é quase 30% mais sensível para perceber casos de alto risco.
Muitas vezes, o Papanicolau pode falhar para ver lesões precursoras do câncer, porque ele depende de muitas variáveis: do laboratório, de quem coletou e da qualidade do material em si. Já o teste do DNA do HPV é totalmente automatizado. A coleta é igual à do preventivo — explica a ginecologista Neila Speck, professora do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina.
Para a ginecologista Carolina Mocarzel, chefe de clínica do Hospital Federal dos Servidores do Estado, esse teste é indicado como complemento ao Papanicolau para mulheres com mais de 30 anos:
O preventivo é de rotina e avalia se o material achado tem sinais de infecção. O outro tem que ser feito com indicação, caso a paciente tenha um histórico ou apresente lesões suspeitas.
O câncer do colo do útero é um dos que mais atinge mulheres no país, mas, com a prevenção correta, ele pode ser curado em 100% dos casos, de acordo com a oncologista Ana Carolina Nobre, do grupo Oncologia D’Or.
Para virar câncer, ele demora de 10 a 20 anos. Então, tem muito tempo para detectar as lesões e tratar. Nos países desenvolvidos, quase não se vê casos. A recomendação é fazer sempre o preventivo — afirma.
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Redação iBahia
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